Um novo estudo, concluiu que cerca de 45% dos casos de demência (o declínio de funções cerebrais como memória, raciocínio e linguagem) poderiam ser prevenidos se a população conseguisse eliminar um grupo de 14 fatores de risco.(veja a lista abaixo).
A demência engloba uma série de problemas distintos, que incluem o Alzheimer, demência fronto-temporal, entre outros, como decorrência de trauma cerebral, a nova pesquisa mostra como a população pode evitar esses problemas de modo mais geral.
No novo estudo do Lancet, os pesquisadores listam não só os fatores de risco, mas as medidas de políticas públicas que ajudam a contribuir para reduzir a prevalência de demências na população.
A lista inclui desde combate ao alcoolistmo e ao tabagismo, passando por programas de estímulo a atividades físicas e intelectuais, e culmina com um apelo para melhora da educação básica: o fator que pesa durante a vida toda na probabilidade de problemas cognitivos emergirem num indivíduo.
Vários dos problemas que elevam a propensão a doenças cardiovasculares valem também para a demência: obesidade, tabagismo, sedentarismo, álcool em excesso, poluição e diabetes. Um outro transtorno mental, a depressão, eleva também o risco de problemas cognitivos.
Só o tratamento adequado do colesterol LDL elevado poderia evitar 7% dos casos de demência no mundo. A perda visual é responsável por 2%. O relatório também delineia como cada vez mais entendemos que a prevenção tem de começar o mais cedo possível e durante todo o curso da vida, porém, nunca é tarde para mudar e há benefícios dessas mudanças em qualquer idade. No estudo, os especialistas destacam em que momento da vida há mais evidências de que a eliminação desse fator traria uma maior proteção.
Segundo os pesquisadores, cada vez mais fica claro que “o risco pode ser modificado, mesmo em pessoas com risco genético aumentado de demência”. Um dos caminhos para isso é fortalecer a reserva cognitiva, uma espécie de “poupança” do cérebro acumulada com hábitos saudáveis e estímulo cognitivo que nos ajudam a resistir a alterações cerebrais e lesões que se acumulam ao longo da vida.
“O fator genético nas demências não é tão alto como as pessoas pensam. Se você tem uma história familiar de demência, não significa que você necessariamente vai desenvolver a doença
OS 14 FATORES DE RISCO PARA A DEMÊNCIA:
1 – Baixa escolaridade
2 – Perda auditiva
3 – Depressão
4 – Tabagismo
5 – Trauma craniano
6 – Colesterol alto
7 – Inatividade física
8 – Diabetes tipo 2
9 – Hipertensão
10 – Obesidade
11 – Consumo excessivo de álcool
12 – Isolamento social
13 – Exposição à poluição do ar
14 – Perda visual
Outros fatores que estão na mira da ciência:
- Dormir pouco e/ou dormir demais
- Alimentação não saudável e desequilibrada
- Transtornos mentais, como esquizofrenia, ansiedade e estresse pós-traumático
- Menopausa (em especial, a de início precoce)