O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta (14.05) os resultados do exame Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS/UFBA) que atestou como positivas oito amostras para o Zika vírus. O Zika na Bahia foi identificado pelos pesquisadores baianos Gúbio Soares e Silvia Sardi em pacientes de Camaçari, por meio de uma técnica chamada RT-PCR. A princípio o ministério informou que só aceitaria a presença do Zika no país se o resultado fosse confirmado pelos seus pesquisadores, o que aconteceu.
Oito amostras de pacientes do Rio Grande do Norte também confirmaram a presença do Zika vírus, e agora o ministério acompanha a situação e participa da investigação de outros casos suspeitos de doenças exantemáticas para definir os agentes causadores e adotar as ações de vigilância, prevenção e controle complementares no país.
Doenças exantemáticas virais são doenças infecciosas que se manifestam através de febre, erupção cutânea, dores musculares, dores de cabeça e dores nas costas como a rubéola, sarampo, parvovírus, oropouche , mayaro,febre amarela, dengue, chikungunya e Zika vírus, sendo que as quatro últimas são causadas pelo mosquito Aedes aegypt.
Segundo material divulgado pelo Ministério, estudos mostram que apenas 18% das pessoas com Zika vírus apresentarão manifestações clínicas da doença.
De acordo com o professor Gúbio Soares, o vírus causa um quadro muito parecido com o da Dengue, em que o paciente pode apresentar sintomas como febre, diarreia, dores e manchas no corpo. Contudo, este novo vírus é mais fraco e os sintomas mais brandos. A doença têm acometido diversos moradores de Camaçari, Salvador, Feira de Santana e outros municípios.
Na nota divulgada pelo Ministério da Saúde é explicado que a evolução da chikungunya é benigna, com um período de incubação de aproximadamente quatro dias. A doença é caraterizada por febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores em articulação) e exantema maculo-papular (erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. Os sinais e sintomas podem durar até 7 dias.
A maior parte dos casos não apresenta sinais e sintomas e não há registro de morte associada. O vírus é transmitido por meio da picada de mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Por esse motivo, as medidas de prevenção e controle são as mesmas já adotadas para a dengue e chikungunya.
O tratamento é sintomático e baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) para febre e dor, conforme orientação médica. Não está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. Orienta-se procurar o serviço de saúde para condução adequada.
Independente da confirmação de outras amostras para Zika Vírus, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente.
A.V.
Fonte:Agência Saúde
