Olá, meu nome é Lorenna Fracalossi, sou nutricionista formada pela UFBA, com especialização em Nutrição clínica e especialização em Educação na Saúde. Tenho experiência no tratamento da obesidade e do diabetes. E Hoje falarei sobre Compulsão Alimentar.
Comer é um dos maiores prazeres da humanidade e isso tem uma justificativa, quando comemos liberamos dopamina e serotonina, hormônios ligados ao prazer. O problema é quando comemos em excesso, de forma descontrolada, compulsiva, sem fome, sozinho, escondido, até se sentir cheio de maneira desconfortável, bem diferente do “comer demais”.
Se esse tipo de episódio acontecer pelo menos 1 vez por semana e está presente continuamente durante 3 meses, denominamos Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA). A descrição clínica do comer compulsivo é comer vorazmente em um curto período de tempo com a sensação de perda de controle sobre o quê e o quanto se come. Associado a compulsão o indivíduo apresenta o sentimento de angústia, por não conseguir controlar a sua alimentação, além de sentimentos de culpa, arrependimento, fracasso, vergonha e medo por não conseguir parar.
A nutrição comportamental pode ajudar no tratamento da compulsão alimentar através de técnicas, como por exemplo o auto monitoramento por meio do diário alimentar ( onde o paciente terá que anotar o que comeu, a quantidade e a freqüência), fazendo com que ele reflita sobre as quantidades ingeridas. Outra forma é traçando metas a curto, médio e longo prazo, como por exemplo: Ter horário para comer e tentar segui-los, perguntar-se se realmente está com fome antes de comer, abandonar dietas restritivas, procurar novas atividades que dê prazer, sem estar relacionado à comida.
Ainda, como parte do tratamento é de fundamental importância o acompanhamento psicológico e psiquiátrico. E a depender do caso uso de medicamentos.
Enfim, espero que tenha contribuído para você ouvinte saber um pouco mais sobre esse tema.