Com apenas 20 milímetros de comprimento, pesando menos de 2g, o menor marca-passo do mundo permite um implante minimamente invasivo e a melhora na qualidade de vida.
A utilização do marca-passo tem indicação para pacientes com ritmo cardíaco irregular ou lento, também conhecido como bradicardia. Contudo, a decisão parte após avaliação do médico cardiologista.
O batimento do coração em ritmo mais lento pode acontecer por uma falha na origem do impulso elétrico ou na sua condução. Dessa forma, os marca-passos emitem uma corrente elétrica capaz de controlar e estimular o ritmo cardíaco.
O aparelho é introduzido no organismo dos pacientes por acesso venoso. O resultado da operação não deixa qualquer elevação visível na pele na região acima do coração.
De acordo com o Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores, cerca de 300 mil brasileiros utilizam marca-passos no país e aproximadamente 49 mil realizam o implante desse tipo de dispositivo por ano.
Criado pela empresa de tecnologia Medtronic, o dispositivo funciona sem a utilização de cabos-eletrodos; bem como, sem os condutores que levam o impulso elétrico. A ausência de eletrodos reduz os riscos de infeção grave que pode ocorrer pelo contato dos cabos com a corrente sanguínea nos aparelhos comuns.
Entre os benefícios do pequeno marca-passo estão a performance do equipamento e a preservação do sistema venoso, responsável por transportar o sangue sem oxigênio de volta para o coração. O equipamento funciona à base de bateria com duração de até 12 anos.
Além disso, já em uso no Brasil, o menor marca-passo do mundo já tem uso por pelo menos seis pacientes até o momento. O aparelho também utilizado em outros países, demonstrando perfil de segurança e baixas taxas de complicações, segundo os especialistas. Contudo, a inovação não está incorporada no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e nem no Sistema Único de Saúde (SUS).