Comitê Científico do Nordeste orienta aos governadores validação de diplomas dos médicos formados no exterior

O comitê científico  do nordeste  criado em 30 de março, é formado por médicos, cientistas, físicos e pesquisadores, com o intuito de auxiliar os governadores dos estados do Nordeste na tomada de decisão durante a pandemia.

O comitê orientou que os governadores peçam a validação dos diplomas dos médicos formados no exterior. A estimativa é de que o Brasil tenha 15 mil desses profissionais sem puderem atuar no país. O documento com a medida foi divulgado para a imprensa nesta sexta-feira (17).

Caso o pedido não seja aceito eles vão solicitar no STF.

“É preciso criar com urgência uma Brigada Emergencial de Saúde no Nordeste ampliando o contingente de médicos e demais profissionais de saúde no atendimento à população. Esta iniciativa deve servir para levar médicos aos municípios atingidos pela pandemia e a todos os serviços de saúde mobilizados para este enfrentamento”, diz o documento

O Comitê explicou que o Brasil tem 2,2 médicos por habitantes. Isso significa, portanto, que no interior dos estados há uma grande escassez de profissionais para a população.

Na contramão disso, o comitê destacou que há cerca de 15 mil médicos formados fora do país. A medida recomendada é uma forma de aumentar a quantidade de profissionais em exercício no Brasil e, assim, reduzir o deficit.

De acordo com o governador da Bahia e presidente do Consórcio do Nordeste, Rui Costa, a estimativa é que haja, pelo menos, 15 mil profissionais nessa situação, aptos a se somar aos médicos já inseridos no atendimento aos pacientes hospitalizados. A proposta é que os médicos formados no exterior atuem sob supervisão e com registro de trabalho provisório.
“Tivemos mais uma reunião dos governadores do Nordeste e desta vez com a participação do Comitê Científico. Foi sugerida uma medida importantíssima que é a autorização provisória para que os brasileiros que fizeram curso de Medicina em vários países do mundo possam atuar aqui no Brasil. São 15 mil médicos e médicas que podem ajudar o país, de imediato, nessa pandemia”, disse o governador baiano.
Rui afirmou ainda que a proposta considera o reduzido número de médicos no Brasil, classificado, em pesquisas internacionais e nacionais, como abaixo do quantitativo adequado e inferior ao disponível em outros países de sistema universal de saúde. Além disso, a carta dos governadores destaca a má distribuição desses profissionais no território nacional, com grande vazio assistencial no Nordeste e no interior dos estados.

A sugestão é que a validação dos diplomas ocorra por meio de programa de complementação curricular e de avaliação na modalidade ensino-serviço, a ser realizado pelas universidades públicas, inclusive as estaduais.

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