De acordo com João Doria, São Paulo pretende começar imunização da população em 25 de janeiro de 2021.
Após o estado de São Paulo divulgar seu cronograma de vacinação contra a Covid-19 (vídeo abaixo); o presidente Jair Bolsonaro afirmou nas redes sociais que o governo federal ofertará imunizantes a toda a população; de “forma gratuita e não obrigatória”, caso haja certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Havendo certificação da Anvisa (orientações científicas e os preceitos legais), o governo brasileiro ofertará a vacina a toda a população de forma gratuita e não obrigatória”, escreveu o presidente no Facebook. “Segundo o Ministério da Economia, não faltarão recursos para que todos sejam atendidos. Saúde e Economia de mãos dadas pela vida”.
Desde o inicio dos estudos de uma vacina no Brasil; Presidente e Governador de São Paulo travam uma batalha sobre a imunização no país.
Lados tem sua vacina
O governo federal aposta suas fichas na vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a AstraZeneca. Contudo; depois de receber questionamentos após a divulgação de dados sobre a eficácia do imunizante; o consórcio admitiu erros e deve conduzir novos estudos.
Por outro lado, Doria; defende a Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela empresa chinesa Sinovac.
O governador apresentou nesta segunda-feira (7) o plano de imunização do estado e disse que as primeiras doses serão distribuídas a partir de 25 de janeiro. Ainda assim, o estudo acerca da eficácia da Coronavac receberá divulgação na próxima semana. Caso haja resposta positiva Doria pretende realizar pedido de aprovação emergencial à agência.
Contudo; após o anúncio de Doria, a Anvisa divulgou nota ressaltando que ainda faltam diversas etapas para que a Coronavac se qualifique para obtenção do registro. A Anvisa afirma que ainda não tem registro dos dados da fase 3 de testes clínicos da Coronavac, a etapa final antes do registro. Além disso, a agência diz que o relatório da inspeção na fábrica da chinesa Sinovac pode ficar pronto apenas no dia 11 de janeiro.
Plano de Imunização
De acordo com Doria, e o plano apresentado; a vacinação começara com profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas; um total de 9 milhões de pessoas. O custo só com a logística será de R$ 100 milhões aos cofres paulistas.
Além disso, segundo o plano de ação; a vacina será aplicada em duas doses, ambas gratuitas. O grupo profissionais de Saúde/ indígenas/ quilombolas receberá sua primeira dose em 25 de janeiro e a segunda, em 15 de fevereiro.
Dessa forma, quem tem 75 anos ou mais deve ser vacinado em 8 de fevereiro e 1º de março; de 70 a 74 anos, 15 de fevereiro e 8 de março; e de 65 a 69 anos, 22 de fevereiro e 15 de março. Por fim, quem tem de 60 a 64 anos receberá o imunizante em 1º de março e 22 de março.
Além disso; o governo pretende oferecer 4 milhões para imunização de profissionais de saúde de outros estados, das 46 milhões de doses que o estado planeja ter à disposição em janeiro.