Ao querido amigo Joaquim Mendes Neto!
Demorou muito, mas, finalmente começou o processo de denúncias de práticas fascistas, vestidas com discurso socialista, nas universidades brasileiras, predominantemente nas públicas, consistentes na imposição de um pensamento ideológico único, de caráter marxista. O autor da denúncia é o professor de história da Universidade Estadual de Maringá, Itamar Flávio da Silveira, no livro Universidades são os tumores da sociedade (brasileira).
Segundo sua grave denúncia, a adoção de qualquer das perspectivas do pensamento liberal condena o professor ou aluno à mais completa proscrição de convivência ou avanço universitários. Nesse sentido, é inegável a mais completa vitória, no Brasil, de estratégia concebida e sugerida pelo militante socialista italiano, o polímata Antônio Gramsci (1891–1937), que começou sua ação política como fascista, submetido à liderança de Benito Mussolini. Foi, porém, como integrante e líder do Partido Comunista Italiano que ele se notabilizou.
Ao tomar conhecimento do genocídio que Stalin praticava na União Soviética (estudiosos dos mais diferentes países chegaram ao consenso de que sob o guante de Stalin foram assassinados 59 milhões de dissidentes), Gramsci concluiu, que a comunização de qualquer sociedade deveria ser precedida de uma lavagem cerebral a ser realizada ao longo de todo o processo educacional, do primário ao universitário. Oitenta e cinco anos transcorridos da morte de Gramsci, além do genocídio soviético, as experiências comunistas resultaram na execução de cerca de duzentos milhões de pessoas! O desfecho é o que se viu: os dois grandes patíbulos da liberdade, União Soviética e China, aderiram ao seu oposto, o fascismo, que tanto combateram em sua origem. Cuba e Coreia do Norte, apesar de sua pequena expressão demográfica, seguem nos mesmos rumos.
Não é impunemente que se investe contra a natureza das coisas!
Segundo o massivo depoimento de Itamar Silveira, é impossível a sobrevivência no ambiente universitário brasileiro de quem quer que decida a professar um pensamento liberal, alunos ou professores. A hostilidade consiste na criação de dificuldades burocráticas de toda ordem, inclusive com o registro de casos fabricados de denúncias forjadas de assédio sexual, com o propósito de desestabilizar emocionalmente os transgressores ideológicos. Impossível ao professor fazer carreira universitária se for um livre pensador. A começar pela impossibilidade de encontrar orientador. As universidades públicas da Bahia há tempos incorrem nesse pecado mortal de imbecilização universitária, a tal ponto que os orientadores de trabalhos acadêmicos, na área das ciências sociais, aconselham, quando não eles mesmos escrevem, um parágrafo ou capítulo, muitas vezes em desconexão com o texto central, assegurando o chamado viés de esquerda, como a senha indispensável para o avanço do curso.
O resultado não poderia ser diferente da tragédia que se protrai: uma das dez maiores economias do Planeta, o Brasil não consegue assento permanente de pelo menos um dos seus centros universitários entre os duzentos melhores do Mundo. O desfecho prático negativo consiste na perda de competitividade dos produtos industriais brasileiros, no mercado internacional, como tem sido objeto da reiterada advertência da Federação das Indústrias de que essa perda decorre da má qualidade de nossa mão de obra, incapaz de agregar valor às matérias primas, em razão da baixa qualidade do nosso ensino universitário. O que vem nos salvando é a excepcional performance do setor agrícola, alcançada graças à EMBRAPA, criada por inspiração do agrônomo mineiro Alysson Paulinelli. Setores da esclerosada esquerda brasileira consideram fascistas esses produtores rurais a quem o País tanto deve.
É imperioso que o que resta de nossa mídia livre tome conhecimento e difunda as graves denúncias do professor Itamar Flávio da Silveira. Caso contrário, continuará crescendo o número de brasileiros apalermados dispostos a votar em ladrões.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Portal Saúde no Ar
Coluna de opinião escrita por Joaci Góes, escritor, acadêmico, Colunista do portal Saúde no Ar.