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Cólera mata 16 refugiados nigerianos

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou, nesta quarta-feira (16.09), que uma epidemia de cólera deixou 16 mortos em três campos de deslocados que fogem dos ataques perpetrados pelo grupo islamista Boko Haram, no nordeste da Nigéria . “Em 16 de setembro, um balanço oficial dava conta de 172 doentes e 16 mortos”, declarou a organização em comunicado.

Os campos atingidos pela epidemia estão em Maiduguri, capital do estado de Borno, alvo regular do Boko Haram, cuja violência e repressão pelo exército deixaram ao menos 15 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados desde 2009.

Ghada Hatim, responsável pelas operações da MSF na Nigéria, e Chibuzo Okonta, responsável pelos projetos de emergência da ONG em Paris, pediram ajuda a outras organizações humanitárias internacionais: “As condições de vida e higiene nos campos eram e continuam sendo favoráveis à proliferação deste tipo de epidemia. Precisamos de reforços”, pediu Okonta.

Os primeiros casos de cólera, doença altamente contagiosa caracterizada por uma diarreia que rapidamente leva à desidratação e que, caso não seja rapidamente tratada, causa uma morte rápida, apareceram no mês passado num campo de Maiduguri, que abriga 1,4 milhões de deslocados. Dois outros campos foram afetados em seguida.

A Agência Nacional de Gestão de Emergências (Nema) declarou que a epidemia havia sido “controlada”, garantindo ter registrado “um ou dois casos” em apenas um campo.

A cólera é transmitida geralmente pela água contaminada por fezes humanas. As epidemias desta doença nas favelas ou campos de refugiados ou deslocados – que carecem de água potável ou vasos sanitários – são frequentes.

Fonte: Yahoo

A.V.

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