É um procedimento para troca a cor da íris dos olhos através de uma pequena cirurgia, que demora apenas 15 minutos em cada vista. Um método, considerado um dos mais procurados, na BrightOcular, empresa que desenvolveu o implante para íris artificial. Trata-se de um silicone ultrafino e biocompatível desenvolvido por equipe médica.
O implante pode ser feito para fins estéticos (trocar a cor do olho para “ficar bonito”), mas o procedimento foi desenvolvido para fins medicinais, para tratar ou aliviar casos de heterocromia, albinismo ocular ou anormalidades relacionadas à desproteção da íris contra efeitos da luz solar em pacientes com altos níveis de fotossensibilidade. O sucesso do implante acabou tomando uma proporção maior, e passou a ser procurado por razões estéticas, simplesmente para trocar a cor dos olhos.
O método é ambulatorial pode ser feito no consultório do médico, sem necessidade de uma sala de cirurgia, a partir de uma micro incisão na córnea, uma seringa oftálmica introduz o silicone colorido (tons de castanho, azul, verde, acinzentado) na íris do paciente. Porém o procedimento não cura defeitos na visão como miopia e astigmatismo. Após a cirurgia, é preciso passar por um acompanhamento rigoroso com uso de colírios durante dois meses.
Existe também a companhia californiana Stroma Medical, fundada em 2009 com o intuito de explora e comercializar a patente registrada pelo cientista Gregg Homer de transformar a cor dos olhos. O preço de uma intervenção dessas é estimado em 5 mil dólares, algo em torno de 15 mil reais.
O procedimento está em fase de testes clínicos, ainda não se encontra disponível no mercado por motivos de segurança, mas a Stroma Medical afirma que aplicou recentemente o tratamento em 37 pacientes do México e da Costa Rica e teve êxito. A técnica consiste em uma breve intervenção com laser, que não ultrapassa 20 segundos, na camada de pigmento castanho da íris. Apesar da rapidez, a coloração do olho não é alterada no mesmo instante, pois o processo natural do corpo de remoção do pigmento leva algumas semanas.
“Quando retira o pigmento, a luz consegue entrar no estroma, as pequenas fibras parecidas com raios de bicicleta em um olho claro, a luz se espalha por ele é refletido de volta apenas os comprimentos de onda mais curtos, que são a parte azul do espectro”, esclareceu Homer a CNN. A companhia garante que o método não oferece riscos à saúde, mas o oftalmologista Saj Khan, do London Eye Hospital, alertou que romper o pigmento do olho pode entupir canais de drenagem, e possivelmente aumentar a pressão intraocular e até mesmo o risco de glaucoma.
Redação Saúde no Ar*
Taiane Silva