A cirurgia bariátrica, tem o objetivo de reduzir o tamanho do estômago; tendo recomendação para pessoas com IMC (medida calculada dividindo o peso pela altura ao quadrado) maior que 35 a partir de 16 anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2019 no Brasil, o número de idosos obesos aumentou de 16,1% para 23%.
Contudo, a cirurgia reduz o risco de eventos cardiovasculares por melhorar o controle de diferentes fatores de risco cardíaco; bem como diabetes, hiperlipidemia, hipertensão e distúrbios respiratórios do sono, além de estar relacionada a um menor risco de mortalidade por diferentes tipos de câncer.
Estudou analisou acompanhamentos de 189.770 pessoas inscritas no Medicare, o seguro de saúde americano, que possuam comorbidades limitantes ou com mais de 65 anos; durante quatro anos seguidos, entre 2013 e 2019. Os participantes foram divididos igualmente em dois grupos, um com aqueles que passaram pela cirurgia e outro, de controle; com pacientes obesos que não aderiram à intervenção.
Os resultados, publicados na Journal of the American College of Cardiology, apontam que obesos que realizaram o procedimento tiveram queda de 37% de mortalidade, 54% de insuficiência cardíaca, 37% de infartos e 29% de casos de AVC (acidente vascular cerebral).
Além disso, para idosos com mais de 65 anos, que representavam 33% dos participantes do estudo, os resultados gerais mostram que: 60% na redução do risco de mortalidade por todas as causas; 79% menor risco de hospitalização por insuficiência cardíaca, 80% menor risco de infarto, mas nenhuma diferença no risco de AVC.
De acordo com dados do IFSP (International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders), esse tipo de cirurgia ainda é feita em menos de 1% dos pacientes elegíveis.