Em carta aberta veiculada na revista americana Clinical Infectious Diseases, 240 especialistas de 32 países, pedem que a Organização Mundial da Saúde (OMS) revise as recomendações sobre contaminação pelo coronavírus. Na carta, afirmam que há evidências de que o novo coronavírus, está no ar e pode infectar as pessoas, mesmo em partículas menores. O anuncio foi publicado no jornal The New York Times, no dia 04/07.
Em 29 de junho a OMS, realizou atualização sobre o vírus, afirmando que o novo coronavírus se espalha principalmente de pessoa para pessoa por meio de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou boca, após tosse, espirro ou simplesmente uma fala. Em entrevista ao jornal New York Times, cientistas e consultores da OMS disseram que a organização, apesar das boas intenções, está fora de sintonia com a ciência e principalmente, seu comitê de prevenção e controle de infecções é lento na atualização de orientações e está vinculado a uma visão rígida e excessivamente médica das evidências científicas.
Segundo os cientistas, o vírus permanece no ar em ambientes fechados, infectando aqueles nas proximidades. Máscaras podem ser necessárias em ambientes fechados, mesmo quando há distanciamento social. Os profissionais de saúde podem precisar de máscaras N95 que filtram até as menores gotículas respiratórias enquanto cuidam de pacientes com coronavírus.
Na carta, um dos especialistas participantes ressalta que, “Especialmente nos últimos dois meses, temos declarado várias vezes que consideramos a transmissão aérea possível, mas certamente não suportada por evidências sólidas ou até claras. Há um forte debate sobre isso”. Concluiu.
Fonte: New York Times