Cientistas discutem uso indiscriminado de animais em pesquisa médica

O uso de animais em experimentos científicos é um tema bastante discutido no Brasil. As opiniões a respeito se dividem. Mas, como essa atividade é regulamentada?

A biomédica Dra. Luciana Bastianelli Knop, (CEUA-IOC), explica que o Brasil tem algumas leis de crimes ambientais que regulamentam a atividade. No meio acadêmico, há o exemplo das Comissões  de Ética no uso de Animais (Ceuas), que servem para refinar, diminuir e utilizar, em ensino e pesquisa, métodos de substituição daqueles utilizados antigamente.

Segundo o biólogo Carlos Romão, membro da Ceua da Faculdade de Mecina Veterinária e Zootecnia  em alguns casos, os animais utilizados podem responder aos testes de forma semelhante ao corpo humano, mas também pode ter um comportamento bem diferente do esperado. Então é preciso pensar, ao se trabalhar com animais, no menor sofrimento possível para eles.

Carlos lembra que muitos desses animais servem para testar cosméticos, produtos de limpeza e produtos químicos em geral, produzidos pela  indústria. Enquanto na área de educação, são aproveitados para o ensino. O biólogo propõe a diminuição do número de animais utilizados e de drogas testadas, que diz ser exagerado.

Muita dúvida gira em torno da possibilidade de manter-se a eficácia das pesquisas, caso os métodos com animais sejam substituídos.

Luciana defende que há, sim, métodos que podem substituir os tradicionais, alguns deles já utilizados no Brasil,  falta apenas ao público informações a respeito do tema  e mais interesse da comunidade científica.

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Ouça  a entrevista comandada por Patricia Tosta, no Programa Saúde no Ar, exibido pela Rádio Excelsior AM 840.

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