Cientistas descobrem molécula que destrói células de câncer de mama agressivo

Estudo publicado na ultima segunda-feira (16), na revista Nature Chemical Biology, contou com a participação de pesquisadores do Canadá, Brasil, China e Estados Unidos, e com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp); revela uma molécula com potencial para combater tumores de mama triplo negativo; subtipo de câncer de mama mais agressivo, com prognóstico menos promissor e com poucas terapias eficazes.

Por meio de experimentos de laboratório e análises de bioinformática; os pesquisadores constataram que a molécula denominada MS023 induz à autodestruição da célula tumoral na medida em que aciona um dos sistemas celulares de defesa, o sistema interferon.

O entendimento de como essa molécula funciona abre uma nova perspectiva para guiar tratamentos futuros para esse subtipo de câncer de mama.

“Conhecer as etapas que estão sendo afetadas nas células durante o câncer é fundamental para que tanto a comunidade científica; bem como as empresas farmacêuticas consigam acelerar as estratégias para o desenvolvimento de novos medicamentos”, afirma Katlin Massirer; pesquisadora do Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e uma das autoras do artigo.

O câncer de mama é o mais diagnosticado em todo o mundo. O subtipo triplo negativo representa entre 15% e 20% dos casos e é responsável por 25% das mortes. A taxa de recidiva é considerada alta (mais de 30%) e a sobrevida é muito baixa após recorrência metastática.

A identificação do tipo de receptor presente na célula tumoral é fundamental para a definição do tratamento – que é mais limitado no caso do câncer de mama triplo negativo.

No trabalho, os pesquisadores caracterizaram a proteína metiltransferase 1 (PRMT1) como um bom alvo terapêutico; encontraram uma molécula antitumoral e esclareceram o seu modo de ação.

A investigação foi conduzida no âmbito do Structural Genomics Consortium (SGC); um consórcio internacional de centros de pesquisa que é parceiro da Fapesp no projeto do CQMED e cujo objetivo é estudar proteínas humanas pouco exploradas que podem servir de alvo para novas terapias.

 

 

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