Cientistas criaram miniórgãos a partir de células que flutuam no fluido amniótico, que envolve um feto no útero. O resultado pioneiro é considerado um avanço que poder abrir novas áreas na medicina pré-natal.
Miniórgãos, ou “organoides”, imitam órgãos reais. O objetivo é que eles possam ser usados para testar novos tratamentos médicos ou estudar como os órgãos funcionam, sejam saudáveis ou doentes. Assim, seria possível descobrir alguma falha e tratá-la ainda durante a gravidez.
O estudo
O estudo foi realizador por pesquisadores da University College London e do Great Ormond Street Hospital, ambos no Reino Unido. Na pesquisa, foram coletadas células de amostras de fluido amniótico retiradas durante 12 gravidezes como parte dos testes pré-natais de rotina.
Então, pela primeira vez, eles cultivaram miniórgãos a partir de células retiradas durante essas gestações.
Questões éticas
Coletar células do fluido amniótico contorna regulamentos sobre a retirada de células-tronco diretamente de tecido fetal, permitindo que esses cientistas obtenham células de fetos na última parte da gravidez.
No Reino Unido, o limite legal para a interrupção da gravidez, geralmente, é de 22 semanas após a concepção. Os cientistas não podem obter amostras fetais depois disso. Isso acaba limitando sua capacidade de estudar o desenvolvimento humano normal ou doenças congênitas após esse ponto.
Fonte: Associated Press