Resultados de experimento publicado na revista científica NPJ Digital Medicine da Nature, elaborado por pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade da Califórnia em San Diego mostrou que smartphones são capazes de detectar níveis de saturação de oxigênio no sangue em até 70%.
A analíse considerada “simples” envolve voluntários colocando o dedo sobre a câmera e o flash de um celular para decifrar os níveis de oxigênio no sangue.
Durante atendimentos médicos, os profissionais de saúde monitoram a saturação de oxigênio usando oxímetros de pulso. Por outro lado, ao monitorar a saturação de oxigênio em casa várias vezes ao dia pode ajudar os pacientes a ficar de olho nos sintomas de doenças como a Covid-19 e a asma.
O estudo
A pesquisa contou com a participação de seis voluntários com idades entre 20 e 34 anos. Três pessoas do sexo feminino e três do sexo masculino.
Para coletar dados para treinar e testar o algoritmo, os pesquisadores fizeram com que cada participante usasse um oxímetro de pulso padrão em um dedo e, em seguida, colocasse outro dedo na mesma mão sobre a câmera e o flash de modelo de celular Nexus 6P. Cada participante teve essa mesma configuração em ambas as mãos simultaneamente.
O dispositivo foi configurado especificamente para que as configurações de exposição da câmera no hardware não mudassem durante todo o estudo.
O processo durou cerca de 15 minutos. Para todos os seis voluntários, a equipe adquiriu mais de 10 mil leituras de nível de oxigênio no sangue entre 61% e 100%.
Os cientistas usaram dados de quatro dos participantes para treinar um algoritmo de aprendizado profundo para extrair os níveis de oxigênio no sangue.
O restante dos dados foi usado para validar o método de análise, em seguida, testá-lo para ver o desempenho dele em novos indivíduos.