Cientistas brasileiras desenvolvem método que detecta câncer de mama pelo sangue

Pesquisa publicado no periódico científico International Journal of Molecular Sciences, mostra resultado de analise de mais de uma década, cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) que investigou indicadores presentes no sangue, chamados tecnicamente de biomarcadores, que podem trazer novas respostas sobre o câncer de mama.

O método desenvolvido pelas pesquisadoras da UFU, chamado biópsia líquida, permite a realização do diagnóstico de forma menos invasiva que em outros exames. A pesquisa teve o objetivo central de poder identificar doença ainda em fase inicial. O diagnóstico precoce contribui para evitar a metástase, que consiste no espalhamento das células cancerígenas para outras partes do corpo.

Na tecnologia, o sangue é coletado e passa por uma centrífuga que separa as suas partes. Em um segundo momento, são observadas as partes sanguíneas em um equipamento chamado citômetro de fluxo. Que permite identificar a presença ou a ausência de células tumorais malignas ou benignas.

Ao todo, 110 mulheres contribuíram com o desenvolvimento do estudo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o principal tipo de câncer a atingir mulheres. C, com uma estimativa de mais de 66 mil novos casos a cada ano no Brasil.

A mamografia é um dos principais exames para a identificação desse tipo de câncer. Por esse motivo, durante o Outubro Rosa, diversas iniciativas realizam campanhas de realização do exame.

Durante os testes da pesquisa, após a coleta do sangue das mulheres, o material era centrifugado, processo que separa as suas partes. A seguir, as pesquisadoras adicionavam reagentes que marcavam as proteínas nas células tumorais e essas células eram contadas e identificadas em um equipamento chamado citômetro de fluxo.

O estudo desenvolvido no Laboratório de Nanobiotecnologia Prof. Luiz Ricardo Goulart Filho da UFU e os testes aconteceram em pacientes do ambulatório de Mastologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). O método teve a patente depositada em 2020 junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Com isso, as pesquisadoras afirmam que os biomarcadores tumorais circulantes. Referidos como “biópsia líquida”, têm grande relevância no rastreamento precoce e não-invasivo do câncer. De acordo com as pesquisadoras a analise pode possibilitar a detecção do câncer de mama em fases iniciais e sem causar dor às pacientes.

 

 

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