Um sensor capaz de identificar, através de uma falha no DNA, se a pessoa possui tendência a desenvolver hipertensão arterial, foi criado por pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos.
O sistema, composto por um chip, é descartável, de baixo e pode diagnosticar a condição em apenas meia hora, segundo informações do UOL Saúde. De acordo com os especialistas, o próximo passo é buscar apoio da iniciativa privada para que possam comercializar a invenção.
Para o teste, é necessário inicialmente a coleta de material genético, por meio de sangue, saliva ou cabelo. Depois de separada, a amostra é colocada em contato com o chip, onde o DNA vai ser avaliado.
Segundo o professor Valtencir Zucolotto, orientador da pesquisa, o sistema busca anomalias ao analisar um gene da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina), que desempenha um papel importante na regulação da pressão arterial. “Isso tudo já era conhecido pela comunidade científica e, com base nisso, construímos esse genossensor, que é inédito”, conta Zucolotto.
Já a pesquisadora Thalita Rolim, através de sua pesquisa de mestrado, que levou a desenvolvimento do sensor, destacou que o aparelho é de baixo custo. Ela ainda explica que grande vantagem do sistema desenvolvido pela nossa pesquisa é possibilitar métodos de análise mais acessíveis e relativamente mais rápidos.