Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, estão desenvolvendo um dispositivo capaz de detectar o vírus da zika antes do aparecimento dos sintomas da doença.
“Embora existam métodos avançados para a detecção molecular do zika vírus, como o PCR em Tempo Real, somente os testes rápidos baseados na detecção sorológica ou antígeno-anticorpo estão mais acessíveis à população”, diz o professor Valtencir Zucolotto, que coordenou a pesquisa. “Esses tipos de testes rápidos detectam o vírus zika somente após a manifestação dos sintomas da doença, a chamada fase crítica.”
Ainda segundo Valtencir, o diagnóstico tardio dificulta a triagem dos pacientes, aumentando a taxa de ocupação em centros de saúde e elevando os custos associados.
“Na superfície do chip é colocada uma pequena sequência de material genético complementar ao do vírus zika”, explica Zucolotto. “Uma gota de amostra é colocada em contato com o biossensor e após 90 minutos, caso esteja presente o material genético do vírus nesta amostra, haverá uma mudança no sinal do biossensor, indicando a presença do vírus.” A amostra é extraída do sangue do paciente, do qual é separado o material genético para ser colocado no sensor.
O método utiliza um biossensor eletroquímico para detecção de material genético (DNA, por exemplo) por meio de eletrodos, ou chips descartáveis.
Fonte: USP
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