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Chioro nega redução de critérios para cursos de medicina

 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, negou nesta terça-feira, 25, que os critérios para abertura de novos cursos de medicina tenham sido afrouxados, como afirmou o Conselho Federal de Medicina. “O grande problema é achar que quantidade se antepõe à qualidade”, rebateu o ministro, que atribuiu as críticas ao corporativismo. “Não posso falar de qualidade quando deixo milhões de brasileiros de fora porque não tem médico.Temos de ter medicina de qualidade para 203 milhões de brasileiros. O problema é que isso mexe com interesses, corporativos”, completou.

De acordo com o ministro, a escola citada pelo CFM como exemplo para a falta de critérios para abertura de novos cursos não poderia ser usado. A escola se instalou graças a uma liminar obtida na Justiça, pois teve seu pedido recusado pelo governo. “O MEC foi bastante criterioso. Muitos dos quesitos exigidos atualmente para novas escolas não seriam alcançados pelas escolas antigas”, disse.

O CFM apresentou nesta terça-feira, 25, a Radiografia de Ensino Médico, um estudo feito entre maio e julho deste ano com dados sobre os cursos em funcionamento no País. O trabalho demonstra que, dos 42 municípios que receberam escolas médicas desde 2013, cinco estão em regiões que não atendem aos critérios mínimos de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para cada aluno matriculado, o equivalente a 11%.

“Vamos verificar o que é necessário para se abrir vagas com qualidade. Talvez seja aumentar vagas em instituições que já estão em funcionamento. O país não é igual. Tem gente que acha é que a sua cidade pode ter três faculdades, mas outra não pode ter nenhuma. O Brasil precisa enfrentar sua desigualdade.

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