Um fornecedor chinês cancelou o contrato de compra de 600 respiradores artificiais feito com o governo da Bahia para o tratamento de pessoas infectadas com a Covid-19. A carga ficou retida no aeroporto de Miami, nos EUA, de onde seriam enviados ao Brasil.
A compra custou R$ 42 milhões aos estados do Nordeste. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil da Bahia, “a operação de compra dos respiradores foi cancelada unilateralmente pelo vendedor”, que não deu maiores explicações, apenas que a carga teria outro destino. O valor não chegou a ser desembolsado pelo governo baiano. “Neste momento, estamos buscando novos fornecedores”, afirmou a Casa Civil.
Na verdade os chineses estão preferindo vender aos EUA porque eles pagam mais pelos equipamentos.
De europeus a brasileiros, aliados dos Estados Unidos têm condenado o que chamam de táticas de “velho oeste” implementadas pelo governo americano, acusado de superar o valor de compra ou bloquear a entrega de cargas a regiões que já assinaram contratos para adquirir suprimentos médicos vitais.
Autoridades da França e da Alemanha, por exemplo, afirmaram que os EUA estão pagando valores muito acima do preço do mercado para comprar máscaras médicas da China, maior produtora desses itens no mundo.
Em alguns casos, eles estariam “roubando” contratos ao oferecer valores mais altos, mesmo depois de compradores europeus acreditarem que a compra já estava acertada, ou inclusive já terem pago por ela. Casos semelhantes ocorreram no Brasil nesta semana.