Mais de 5.500 mortes foram causadas por gripe e o tempo frio – considerando o último inverno – nos anos de 2014 e 2015, aponta o relatório do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, divulgado esta terça-feira (6).
De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge – INSA, foi estimado um total de 5.591 óbitos em relação ao esperado, o que corresponde a uma taxa de 54 óbitos por cada 100 mil habitantes. Segundo ainda a publicação, o excesso de mortalidade ocorreu sobretudo nos dos primeiros meses deste ano.
Segundo explica o documento, o período de excesso de mortalidade coincidiu com a epidemia da gripe e com um período de temperaturas mínimas, abaixo do normal. Resultados revelam que dos mortos em excesso, 93% podem ser atribuídos a uma das duas causas – gripe e tempo frio, estimando-se que 76% dos casos terão ficado a dever-se à gripe e 17% à vaga de feio.
Resultados preliminares da vigilância da gripe em fevereiro desse ano, apontou que no período de 2014/2015 teve o maior registo de mortes além do esperado desde a época gripal 1998/1999, na qual se verificaram 8.514 óbitos.
De acordo com o INSA, cerca de 80% dos doentes tinham uma doença crónica subjacente, e 15% estavam vacinados contra a gripe sazonal – resultados baseados em dados de uma análise ao caos de gripe com necessidade de observação nos cuidados intensivos.
A proporção entre o número de mortes foi estimada em 23,7%, aproximadamente o dobro da registada na época anterior, no entanto, verificando-se que 70% das mortes ocorreram entre as pessoas com mais de 64 anos.
*Redação Saúde no Ar