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Consumo adequado de pescados; especialitas explicam

Na Semana Santa temos um maior aumento do consumo de peixes e frutos do mar, contudo, a preocupação das pessoas com a qualidade do pescado, muitas vezes não é encarada como prioridade, o que pode provocar danos graves à saúde.

O professor em biologia marinha, Diogo Nunes revelou que temos um problema crônico de contaminação de frutos do mar originários da na Baia de Todos-os-Santos, principalmente na região dos rios São Paulo e Subaé, devido aos metais pesados e derivados do petróleo, que, historicamente, são responsáveis pela contaminação ambiental dessa região. Por isso, neste período, em que o baiano não abre mão do peixe e de outros mariscos, o biólogo, alerta:

“Consuma pescados coletados mais para fora da Baía de Todos-os-Santos e não da região interna, onde há maior contaminação”, diz o especialista, que reafirma que o consumo seguro não deve só ser priorizado para o “dia santo”, mas para todos os dias do ano.

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O cozimento é outro fator que merece atenção dos consumidores na hora do preparo da ceia que vai alimentar a família. Segundo orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),estudos demonstram que cozinhar os alimentos a uma temperatura acima de 70° C é o mais adequado.

De acordo com a nutricionista e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Neuza Miranda,estudos recentes a respeito das carnes mais saudáveis, apontam o peixe como um grande aliado que pode ser consumido nesse período e de forma regular duas vezes na semana.

“A sardinha tem baixo valor econômico que pode ser melhor aproveitada.Evite o prepararo de forma frita,prefira  assados e ensopados”, sugere Neuza.

O uso de leite de coco e azeite de dendê é outro fator que a nutricionista chama atenção, para que não haja excessos: “Recomendo que a preparação seja feita ensopada e, para os que têm restrição de gordura, substitua o azeite de dendê pelo molho de tomate”.

Outra dica da especialista, é acrescentar o azeite de dendê e o leite de coco somente ao final do cozimento, evitando que a gordura sature.

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E o chocolate? O queridinho da páscoa também precisa ser ingerido com limite. Uma boa notícia é que já foi comprovado por especialistas que ele causa boas reações ao organismo humano, porém a quantidade varia de pessoa para pessoa.

Neuza orienta que ao escolher o chocolate, o consumidor prefira os com maior teor de cacau, ou extra-amargos, evitando o acréscimo de calorias: “Use pequenas quantidades. Pode usar até dois tabletes de 20g do puro cacau, diariamente”.

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Comer, além de ser uma necessidade humana, causa prazer. Nestas datas festivas, a reunião com a família e amigos em torno da mesa, é importante para o bem-estar. Por isso ao pensar no cardápio, prefira alimentação orgânica, sem acréscimo de produtos químicos e de procedência confiável.

 

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Suspeita de doença transmitida por peixes na Bahia- Foi concluído em março de 2017 o estudo sobre a “doença da urina preta”, que registrou mais de 60 casos entre dezembro e fevereiro, no estado. A partir de agora, os médicos passarão a tratar possíveis suspeitas como doença de Haff. A afirmação é baseada no resultado das amostras de urina, fezes e sangue de 15 pacientes analisados.

Conforme a pesquisa, quase 100% das pessoas que apresentaram os sintomas, que incluem urina escura e fortes dores musculares, ingeriram peixe – a maioria olho-de-boi (Seriola spp) e badejo (Mycteroperca spp). Quatorze dos 15 pacientes que relataram os sintomas afirmam ter consumido o alimento. O único que não mencionou as duas espécies disse ter ingerido comida baiana, reforçando a suspeita sobre os dois tipos de pescado.

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A suspeita inicial já vinculava os sintomas da doença à intoxicação alimentar causada por peixes, mas foi descartada após resultados preliminares de exames só confirmados em março deste ano. Porém, não foi possível determinar a substância que causou a intoxicação. De acordo com  o médico Infectologista Dr.Antônio Carlos Bandeira, um dos autores do artigo, um pedaço de peixe ingerido por uma paciente foi encaminhado ao Ministério da Saúde, que, por sua vez, enviou o material a um laboratório dos Estados Unidos.Até o momento, o Ministério da Saúde não divulgou outros resultados de pesquisas referentes aos casos encontrados na Bahia.

O estudo é assinado por 12 pesquisadores e também inclui os resultados do pesquisador Gúbio Soares, da Universidade Federal da Bahia, que a princípio teve forte suspeita para um vírus.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um comunicado afirmando que até agora não existe associação direta entre o consumo de peixes e a causa da doença misteriosa, assim como foi divulgado por pesquisadores. “Após resultado das análises realizadas nos Estados Unidos, constatou-se ausência de biotoxina marinha (ciguatoxina) associada às espécies de peixes envolvidas”. De acordo com a Secretaria, o que ficou evidenciado, na verdade, foi uma infecção por enterovírus em alguns casos notificados.

Irregularidade nos produtos da Páscoa- O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) mostrou que 16% de produtos característicos da Páscoa, como chocolates, colombas e ovos de chocolate, estavam irregulares. Foram fiscalizadas em todo o estado supermercados e lojas especializadas – de pequeno, médio e grande porte.

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De acordo com a Agência Brasil, o problema mais frequente foi a discordância entre o peso do produto e a informação da embalagem. O percentual indica um leve acréscimo de um ponto percentual em relação ao ano passado, quando 15% dos produtos apresentaram falhas.

Saiba mais sobre o tema:

Ouça abaixo mais orientações da nutricionista Neuza Miranda e do biólogo Diogo Nunes:

Redação Saúde no ar .

Linda Gomes

 

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