Cedeba discute pés diabéticos dia 29

É de 25 % a incidência de ulceração nos pacientes diabéticos em razão dos pés diabéticos, uma infecção que causa úlceras que destroem tecidos moles associados a alterações neurológicas e a vários graus de doença arterial periférica nos membros inferiores. O pior é que 85% dessas úlceras precedem as amputações, caracterizando um sério problema de saúde pública.

Esse tema será tratado no treinamento “Fisiopatologia do pé diabético e uso das coberturas mais adequadas para cada fase da ferida”, que será realizado no dia 29/09, das 13 às17h30 no Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O treinamento começará com dinâmica reflexiva sob a responsabilidade da enfermeira Graça Velanes, coordenadora de Educação e Apoio à Rede (Codar) do Cedeba, seguida de apresentações e discussões.

As feridas são uma problemática atual no campo da saúde pública brasileira, tanto pela quantidade de pacientes que as desenvolvem em diferentes fases do ciclo de vida, de diferentes etiologias, sejam traumáticas ou não, bem como a dificuldade para que o cuidado sejam efetuados por profissionais da área de saúde, preferencialmente enfermeiros, de uma maneira eficaz e adequada para uma boa evolução no resultado final.

Segundo Graça Velanes, as complicações nos pés e em especial as feridas causam impacto para a pessoa com diabetes mellitus, prejudicando a qualidade de vida delas, assim como para o sistema de saúde pois geram encargos e custos financeiros com internações prolongadas.

-As amputações de extremidades inferiores se constituem num problema de saúde pública, devido à sua alta frequência, principalmente pela incapacidade que provoca, tempo de hospitalização com tratamento oneroso, gerando repercussões de ordem social e psicológica.

Como atribuição aos profissionais de enfermagem, predominantemente enfermeiros no processo de cuidar, surge a necessidade de um amplo conhecimento científico nesta temática, no sentido de realizar uma sistematização no cuidado com os portadores de feridas que transitam na atenção primária, secundária e terciária dos serviços de saúde.

Neste planejamento adequado através de um exame físico e anamnese de história atual e pregressa destes portadores de feridas, conhecendo fatores de co-morbidade de doenças, fatores externos, estilo de vida e outros fatores que possam vir a ser complicadores para evolução benéfica na cicatrização destas feridas, os enfermeiros assumem a responsabilidade de observar, avaliar, intervir, executar procedimentos e condutas de enfermagem, que sejam satisfatórias para uma boa evolução das feridas.

A.V.

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