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Casos de malária retrocedem na África

Relatório divulgado nesta quinta-feira (17.09), em Londres, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), destacaram que a meta de inverter a curva estatística da malária este ano, definida como um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, foi alcançada. Cerca de seis milhões de vida foram salvas nos últimos 15 anos graças à prevenção, aos tratamentos e à luta contra a malária, doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles(foto), que afeta principalmente crianças. Os novos casos de malária diminuíram 37% desde 2000 e sua mortalidade 60%, o que representa cerca de 6,2 milhões de vidas preservadas, segundo um relatório conjunto destas agências da ONU.

Os menores de cinco anos representam dois terços de mortes pela doença, lembrou o informe,  e inúmeros países estão a ponto de eliminar por completo a malária, com uma queda mais acentuada no Cáucaso, Ásia Central e leste da Ásia, segundo o comunicado. Em 2014, treze novos países registraram zero casos e em seis países foram registrados menos de dez casos.

O financiamento da luta se multiplicou por 20 desde 2000 e permite dividir um total de quase 1 bilhão de mosquiteiros pré-tratados com inseticidas, um dos meios de luta mais eficazes. Este instrumento representa cerca de 68% dos casos evitados, segundo um estudo da Universidade de Oxford.

Mosquiteiros com inseticidas

Hoje em dia, cerca de 68% das crianças menores de cinco anos na África subsaariana dormem protegidos com mosquiteiros. Em 2000 eram menos de 2%, mas uma em cada quatro crianças destas regiões ainda vivem num lar desprovido de mosquiteiros, conforme a secretária de Estado britânica, Justine Greening, segundo a qual a Grã-Bretanha triplicou o financiamento entre 2008 e 2015.

O controle global da malária é um dos maiores sucessos das políticas de saúde pública nestes últimos 15 anos”, afirmou Margareth Chan, diretora-geral da OMS, no relatório. “É um sinal de que nossas estratégias são as corretas e podemos vencer este velho assassino, que continua gerando milhares de mortes, principalmente de crianças”, disse a médica.

O objetivo da OMS é eliminar completamente a malária em 35 novos países em 15 anos, e conforme o relatório a luta precisa ser mantida, pois embora seja uma doença que pode ser curadase prevê para este ano 214 milhões de novos casos que provocarão a morte de aproximadamente 438 mil pessoas.

Isto implica, segundo a OMS, que sejam universalmente disponíveis os meios de luta, diagnóstico e vigilância, e que o desenvolvimento de remédios e novos e eficazes inseticidas sejam financiados. A OMS estimou um investimento de 100 milhões de dólares.
A.V.

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Jorge Roriz

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