Durante todo o Carnaval, os casos de intoxicação alcoólica atendidos nos módulos assistenciais à saúde nos circuitos da folia registraram redução significativa em relação à festa do ano passado, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Este ano, foram contabilizadas 544 ocorrências de embriaguez, o que equivale a um decréscimo de 13% quando comparado com o mesmo período do ano passado (627).
Ainda segundo a SMS, as mulheres permaneceram liderando o número de atendimentos por uso excessivo de álcool. Do total de admissões com o quadro clínico de alcoolemia, cerca de 60% dos pacientes atendidos eram do sexo feminino.
Pesquisa – Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (Vigitel) em 2011 sobre o consumo excessivo de álcool nos municípios do país colocou Salvador como a capital brasileira onde mais se utiliza bebida alcoólica de forma exagerada. Além disso, as soteropolitanas apareceram como as mulheres que mais bebem em todo o Brasil. Já os homens baianos ficaram em segundo lugar, atrás apenas dos de Teresina. A ingestão de álcool etílico (etanol) é seguida de rápida absorção gastrointestinal, provocando vários níveis de depressão do sistema nervoso central e alterações do comportamento. Altas doses podem levar inclusive ao coma alcoólico.
Ivan Paiva, coordenador médico, hospitalar e de urgência da Secretaria Municipal da Saúde compreende que “a preferência das mulheres por bebidas mais adocicadas ou destiladas (coquetéis e roskas), normalmente com maior teor alcoólico, pode ter contribuído para acelerar o processo de alcoolemia entre o público feminino, no Carnaval baiano”.