O número de casos de febre oropouche quadruplicou no Brasil. Enquanto em 2023 foram registrados 832 casos da doença, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou 3.354 apenas nas quinze primeiras semanas de 2024.
De acordo com o MS, a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos Estados da região amazônica, onde a febre é considerada endêmica, é o principal motivo por trás do aumento no número de casos.
há outras regiões do Brasil sem possibilidade de detecção, o que sugere que o número de casos de febre oropouche seja muito superior ao registrado.
Outro fator que colabora com a subnotificação é a semelhança entre os sintomas da oropouche com a dengue.
A transmissão ocorre quando um mosquito pica primeiro uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, pica uma pessoa saudável, passando a doença para ela.
Atualmente, apenas um exame faz a identificação da doença: o RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta é feita por meio do sangue e o exame fica disponível nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens).
Ainda não há um medicamento específico para tratar a febre oropouche. Por isso, o tratamento é de suporte. Ou seja, costumam ser administradas medicações para dor, náuseas e febre, além da indicação de hidratação e repouso.
Na Bahia
Subiu para 95 o número de casos confirmados da Febre Oropouche na Bahia. O balanço foi atualizado nesta quinta-feira (18), pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Segundo especialistas, o número de casos da doença no Brasil está subnotificados.