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Casos de câncer do intestino aumentam 7%

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) detectou 35 mil casos de câncer de intestino no país este ano, um crescimento de 7% em relação ao ano passado. De acordo com o proctologista Rogério Medrado, do Hospital Cárdio Pulmonar,  o aumento da incidência ao longo dos anos está relacionado à mudança dos hábitos alimentares da população.

A doença tem atingido cada vez mais brasileiros na faixa dos 50 anos e, por isso, a colonoscopia é “exame obrigatório” para pacientes nessa faixa etária, conforme o especialista : “A colonoscopia é uma aliada no diagnóstico e prevenção.Todos que têm pólipos devem removê-los durante o procedimento, pois, muitas vezes, o tumor se desenvolve a partir deles. A evolução de lesão benigna (pólipo) para maligna (tumor) ocorre em cerca de 10 anos”, alerta o especialista.

Fatores de risco

Empenhado na divulgação da campanha Setembro Verde, promovida pela SBCP e pela Associação Brasileira de Prevenção do Câncer do Intestino (Abrapreci), o especialista critica a alimentação de grande parte das pessoas, que estão ricas em gordura e pobres em fibra. Os riscos aumentam quando se soma esse fator a outros como a obesidade, o sedentarismo, e o consumo de álcool e fumo.

Para alertar a população sobre a necessidade de prevenção deste tipo de câncer, também chamado de colorretal, o Elevador Lacerda estará iluminado com a cor verde em alusão à campanha.

Os principais sintomas da doença são sangramento nas fezes e alteração no calibre (fezes em fita), cólicas, oscilação entre diarreia e prisão de ventre, distensão abdominal e perda de peso.  “Muitos sintomas só aparecem quando o tumor já está em estágio avançado. Por isso, a prevenção é muito importante, principalmente para pessoas que têm histórico na família”, afirma Rogério Medrado.

De acordo com o proctologista, em alguns tumores o fator genético tem grande influência, como é o caso da mama, próstata e intestino grosso. Nesses casos, a incidência em membros da mesma família chega a 15%. “Indivíduos que tenham parentes diagnosticados com câncer de intestino devem realizar o exame de colonoscopia cinco anos antes de completar a idade em que a doença se manifestou no familiar”, afirma.

Com o diagnóstico precoce, o paciente tem a possibilidade de cura de 90%. Quando está em estágio avançado, a possibilidade de sobrevida em cinco anos é quase nula. O tratamento é por meio de remoção do tumor e, em caso de necessidade, associado à quimioterapia ou radioterapia prévia ou pós-cirúrgica.

A.V.

 

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