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Carnaval: maquiagem, cílios postiços e pomadas modeladoras para tranças podem prejudicar a saúde dos olhos

Após dois anos sem Carnaval por conta da pandemia de Covid-19, os baianos vão poder voltar à folia. Contudo, é preciso redobrar os cuidados com a saúde, inclusive dos olhos, que ficam muito vulneráveis nesta época do ano, em função dos confetes e serpentinas, e dos excessos no uso de glitter, maquiagem, cílios postiços e pomadas modeladoras de tranças. Pensando nisso, a oftalmologista Carla Cordeiro Vita, do DayHORC, clínica que integra o Grupo Opty na Bahia, dá dicas para que incidentes não atrapalhem a festa do folião.

Maquiagens e cílios postiços

Um dos alertas é verificar se os produtos estão dentro do prazo de validade e se são de procedência conhecida. As falsificações estão cada vez mais sofisticadas e pagar mais barato por algo que pode provocar alergias e infeccionar os olhos não vale a pena.

Escolhida a maquiagem, lembre-se que tudo é de uso individual. “Ao compartilhar produtos e objetos que entram em contato com os olhos, como pincéis e máscaras de cílios, se alguém estiver com alguma infecção ocular, seja por vírus ou bactéria, todo o grupo que usar a maquiagem poderá se contaminar”, explica Carla Cordeiro Vita.

As sombras brilhantes e produções com glitter são as preferidas, mas inspiram cuidados. O glitter convencional é composto por pedacinhos de plástico, não somente inimigo da natureza, mas também com potencial para arranhar a córnea. Menos nocivas, as opções ecológicas também merecem atenção. “São partículas muito pequenas que, em contato com os olhos, podem causar alguma irritação, alergia ou lesionar os olhos. O mesmo pode ocorrer com as chamadas pinturas artísticas, que se estendem por todo o rosto. Devemos lembrar que, sob o sol e com o suor, as substâncias da tinta podem escorrer. Especialmente em crianças, o recomendado é não pintar a região dos olhos, pois é mais sensível nos pequenos foliões”, diz Carla Cordeiro Vita.

A especialista também chama a atenção para o uso de cílios postiços, que, nessa época do ano, ganham cores e ficam ainda maiores. “As alergias e problemas normalmente são causados pela cola. Por isso, preste máxima atenção para não utilizar a conhecida supercola, o que pode levar, inclusive, à perda dos cílios naturais. Neste caso, a melhor recomendação é curtir o Carnaval sem esse artefato”.

A médica ainda faz um alerta para quem usa óculos de grau. “O ideal é usar lente de contato recomendada por um oftalmologista e sempre com as mãos higienizadas, uma vez que estamos falando de uma festa que envolve multidão. Assim, o folião fica menos vulnerável a possíveis traumas na região dos olhos. Vale lembrar ainda que, em caso de qualquer intercorrência, o DayHORC possui um Pronto Atendimento no Hospital da Bahia com funcionamento 24 horas, inclusive aos domingos e feriados”.

Higiene sempre

Não deixe o cansaço falar mais alto. É muito comum se esquecer de tirar as lentes de contato antes de dormir ou deixar de lado os cuidados básicos com a higiene durante o Carnaval. “O ritual diário de limpeza precisa ser mantido, colocando-as em local e solução adequados. Lave as mãos antes de manuseá-las e evite o contato com a água do mar e da piscina”, explica a especialista. Uma dica é optar por lentes de descarte diário.

Da mesma forma, a oftalmologista reforça que a limpeza com produtos específicos para remover maquiagem é necessária para retirar qualquer resquício de produto e evitar irritações. Portanto, nada de dormir antes de lavar bem o rosto.

Pomadas modeladoras

Febre na atualidade, as pomadas modeladoras de tranças tornaram-se um problema para os seus usuários. Isso porque muitas delas possuem uma substância em sua composição – propilenoglicol – que pode provocar incômodos oculares e até mesmo cegueira temporária. “Usada geralmente em excesso, a pomada tende a entrar em contato com os olhos quando escorre, seja por conta do suor, da chuva ou do vapor do banho. Na prática, ela provoca uma ceratite química, que leva à inflamação da córnea. Os sintomas costumam ser dor intensa, ardência, sensibilidade à luz e embaçamento visual”, relata Carla Cordeiro Vita, ressaltando que, recentemente, a Anvisa suspendeu a comercialização de diversas pomadas para cabelo por conta dos problemas causados. A médica orienta, portanto, não fazer uso das pomadas modeladoras e, caso isso aconteça, é fundamental buscar atendimento oftalmológico imediato para tratamento, em caso de incômodo ocular.

Proteja-se do sol

Em vários blocos de rua, a folia acontece durante horários com alta incidência de raios ultravioleta. Em função disso, Carla Cordeiro Vita informa que, além do protetor no rosto e no corpo, é fundamental utilizar óculos escuros (de boa qualidade e com garantia que apresentam proteção contra os raios ultravioleta) e bonés ou chapéus para resguardar os olhos dos raios solares, capazes de causar queimaduras iguais às observadas na pele. “Mesmo nos dias nublados, os raios UVA e UVB podem causar problemas à visão”, reforça.

Em época de Carnaval, os óculos de sol também ganham outra função: proteger os olhos de confetes, serpentinas, espumas e sprays, que possuem substâncias químicas capazes de causar vermelhidão e até dor intensa. “Em contato com esses produtos, lave os olhos imediatamente, com água corrente ou soro fisiológico fechado, e não esfregue a região. Se isso não aliviar os sintomas, procure um atendimento médico o mais rápido possível”, orienta a médica.

Conjuntivite

Nas estações mais quentes do ano, o risco de conjuntivite infecciosa (viral ou bacteriana) é maior – e é potencializado com a concentração de muitas pessoas no mesmo local, como em bloquinhos, trios elétricos e festas carnavalescas. Nessas ocasiões, para impedir possíveis contágios, evite coçar os olhos e compartilhar acessórios como óculos e máscaras. Além disso, cuidado com o trauma direto. Evite o empurra-empurra e os espaços mais lotados.

 

Sobre o Opty

O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. Nesse formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas e concentra seu foco no exercício da medicina.

 

 

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