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Carnaval e saúde bucal

O corpo se recuperou dos excessos de fim de ano, e o Carnaval já está aí para jogar todo mundo na festa novamente. Dá para aproveitar os quatro dias de folia sem deixar alguns cuidados com a saúde de lado. E para quem nem liga para a saúde pensando: ‘são só quatro dias’, saiba que passar dos limites pode ser prejudicial até na hora da paquera.

Um bom exemplo é para quem passa da conta com as bebidas alcoólicas. Altas doses de álcool combinadas com o calor podem causar desidratação, que é um risco tanto para a saúde bucal como para a geral. “A pessoa desidratada terá dificuldade até mesmo de falar e beijar, e esse desequilíbrio pode trazer como consequência o mau hálito, já que a saliva perde seus efeitos antibacterianos, prejudicando a saúde bucal”, diz o cirurgião-dentista Rodrigo Bueno de Moraes, consultor científico da Associaçãoo Brasileira de Odontologia – ABO.

Além de o mau hálito prejudicar a conquista das gatinhas e gatinhos, o abuso do álcool também provoca manchas nos dentes, fazendo com que a lembrança do Carnaval não seja a melhor possível. “O melhor é sempre beber em pequenas doses e alternar com goles proporcionais de água”, aconselha o cirurgião-dentista.

Dicas

1-    Intercale a bebida alcoólica com água para evitar desidratação e mau hálito

2-    Passe protetor labial para proteger a boca dos raios solares

3-    Coma maçãs. São alimentos detergentes que limpam os dentes na falta da escova

4-    Depois de comer, caso não dê para escovar os dentes, as gomas de mascar sem açúcar disfarçam o mau hálito e neutralizam o pH da boca

5-    Não fique muito tempo sem comer. Grandes períodos de jejum são um prato cheio para o mau hálito

 

Beijo na boca – benefícios e riscos

A maioria dos foliões desejam um beijo na boca, e ele acelera os batimentos cardíacos instantaneamente, podendo saltar de 70 para 150 batimentos por minuto. O corpo aquece, aumenta a pressão arterial, movimenta 29 músculos da face, cresce a produção de hormônios aumentando a libido e, aumenta,ainda, o nível de serotonina – substância química que dá a sensação de euforia e relaxamento.Beijar na boca acalma, alivia o estresse, diminui  a insônia e as dores de cabeça.

Pode-se contrair inúmeras doenças bacterianas e virais num simples beijo. Iniciam com as cáries, gengivite, herpes, hepatite tipo C, e ate mononucleose, provocando febre, enfartamento dos gânglios do pescoço e das axilas, comprometimento do fígado e do baço, entre outras.

Na boca existem mais de 300 tipos diferentes de bactérias e, em uma simples gota de saliva podem existir até 3.000 bactérias. Com essa afirmação a conclusão lógica é que todas as bocas são contaminadas. A depender da higiene, que se costuma realizar no cotidiano, essas bactérias podem se proliferar de forma descontrolada, formar colônias e através da gengiva chegar `a corrente sanguínea, comprometendo de maneira preocupante a  saúde.

 

Sabe-se, hoje, que, 70% das doenças que nos acometem, vírus e bactérias, originam-se na cavidade oral, sendo a boca não somente, a porta de entrada ,apenas, de alimentos, mas, também , de doenças.

Uma adequada higiene oral, não causa, apenas, benefícios com relação à redução de cáries, doenças periodontais e o mau hálito. Os benefícios se estendem para o corpo como um todo e pode-se estar evitando com esta precaução o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral, ou, até mesmo, um parto prematuro.

Uma higiene correta da boca deve ser feita após o café da manha e almoço e, obrigatoriamente, antes de dormir, usando o fio dental, a escova de dentes e o limpador  de língua. Vale ressaltar que a língua é o maior nicho de bactérias da cavidade bucal. O momento mais importante dessa higiene é à noite, pois é quando não fabricamos saliva e  as bactérias se proliferam com mais facilidade causando mais danos `a saúde.

Como é impossível examinar, no carnaval, a boca a ser beijada; devem os parceiros manter a boca limpa, com uma cuidadosa higienização, a fim de que as bactérias não encontrem ambiente propicio, para  proliferar e com essa ação, reduzir o  risco de adquirir doenças.

Com informações da dentista Ana Kolbe, Presidente da Associação Baiana de Odores da Boca- ASBOB –

Membro da International Socienty for Breath Odor Research – ISBO e do consultor científico da Associaçãoo Brasileira de Odontologia – ABO, Rodrigo Bueno de Moraes.

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