Conhecido como capacete Elmo, o equipamento de respiração artificial, criado por pesquisadores cearenses. Tem mostrado muito eficiente no tratamento de casos leves e moderados da covid-19. Desse modo, em Fortaleza, 60% dos pacientes que usaram o capacete não precisaram de intubação.
De acordo com relato de paciente que utilizou o equipamento, o mesmo salvou sua vida; “O Elmo foi a salvação da minha vida”, conta a aposentada Maria Irismar Morais, de 70 anos, que se recuperou de insuficiência respiratória causada pela Covid-19 e recebeu alta hospitalar em julho após tratamento com o capacete de respiração assistida por apenas dois dias.
O estudo que durou 5 meses no Hospital Leonardo da Vinci (HLV), unidade requisitada pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) durante a pandemia. Segundo o teste, possível validar as funcionalidades e usabilidade do capacete; bem como sua eficácia no tratamento de insuficiência respiratória causada pelo coronavírus.
Assim, ao utilizar um mecanismo de respiração artificial não invasivo, foi possível evitar a intubação de pacientes, reduzindo em 60% a necessidade de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Contudo, durante as pesquisas, apenas quatro das dez pessoas que usaram o capacete no HLV precisaram ser transferidas para UTIs.
Por conta do sucesso no inicio das pesquisas, o Elmo recebeu autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep); bem como um dos requisitos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorizar a produção em escala industrial do equipamento.
Veja também: Covid-19: Variante brasileira acelera intubações de jovens