Para aumentar os indicadores de imunização, o governo federal lançou, no último dia 11, o Movimento Vacina Brasil, com ações coordenadas pelo Ministério da Saúde.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) também está promovendo a campanha Abril Azul – Confiança nas Vacinas: Eu Cuido, Eu Confio, Eu Vacino, com o objetivo de levar informações sobre a importância da vacinação, aumentar a confiança nas vacinas, além de discutir e mostrar os riscos da recusa vacinal.
Estudo feito por diferentes faculdades de Medicina do estado de São Paulo e apresentado no 15º Congresso Paulista de Pediatria, em março, teve por objetivo calcular a taxa de recusa dos pais em vacinar os filhos e avaliar os fatores determinantes.
A autora principal do estudo, a médica Regina Célia Succi, membro do Departamento de Infectologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), informou que o estudo foi baseado em um questionário respondido pelos pais (on line ou pessoalmente) sobre vacinas e calendário vacinal, além dos temores e dúvidas. Responderam à pesquisa 579.
o estudo mostrou que 95% dos pais acreditam que seguir o esquema recomendado pelo médico é o melhor para os filhos, já 63,6% entendem que têm direito de questioná-lo. Embora 94,3% dos pais acreditem que a imunização protege contra doenças potencialmente graves, 14% deles não confiam na segurança das vacinas e 12,1% acham que os filhos recebem mais vacinas do que o necessário.
De acordo com o estudo, 38,8% dos entrevistados têm muita preocupação com a segurança das vacinas e 26% responderam ter pouca. Oitenta e nove por cento dos pais dizem que sua principal fonte de informações é o médico, seguido pela internet (32,1%) e por parentes/amigos (23,7%). Quase 90% confiam muito no médico dos filhos.
Segundo o Ministério da Saúde, não há dados sobre a taxa de recusa vacinal no país. Mas de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), as oito vacinas obrigatórias até o primeiro ano de vida estão com cobertura abaixo do recomendado pela OMS, que é 90% a 95%. A cobertura vacinal para crianças com até 12 meses de vida, em 2018, variava de 74% a 89%….
Se a grande maioria confia nos médicos, eles têm um papel fundamental na conscientização da população brasileira da importância das vacinas e desmistificações das noticias falsas contra o uso de vacinas.
Fonte: Agência Brasil