Além do câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o tumor mais frequente no homem. De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), indica que em 2021 são esperados 65.840 novos casos.
Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta a respeito dos impactos da pandemia da covid-19 na saúde do homem; especialmente na realização de diagnósticos e de tratamentos do câncer de próstata.
Segundo dados do Ministério da Saúde, as cirurgias para retirada da próstata por câncer tiveram redução de 21,5% na comparação entre 2019 e 2020. Além disso, houve diminuição no número de consultas urológicas no SUS (33,5%). As internações de pacientes com diagnóstico da doença caíram 15,7%. Bem como, as consultas com um urologista; assim, até o mês de julho houveram 1.812.982, enquanto em 2019 eram 4.232.293 e em 2020, 2.816.326.
Os estados do Acre (90%), de Mato Grosso (69%) e do Rio Grande do Norte (50%) verificaram queda significativa nos exames de biópsia da próstata entre 2019 e 2020. No Rio de Janeiro chegou a 39% a menos e em Minas Gerais 31%. Já São Paulo (6%) e o Distrito Federal (7%) tiveram impacto menor. No exame de PSA, a Paraíba registrou percentual elevado (50%), seguido de Pernambuco (37%), Distrito Federal (34%), Rio de Janeiro (30%) e São Paulo (29%).
De acordo com pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) relata o atraso cirúrgico emergencial e eletivo durante a pandemia, no Brasil. Mais de 1 milhão de cirurgias foram canceladas ou adiadas. Além disso, os procedimentos cirúrgicos para tratamento do câncer de próstata também foram impactados.