Campanha Diabetes Sem Complicações

Diagnosticar o diabetes e controlar os níveis de glicemia é fundamental para prevenir as complicações renais e cardiovasculares (infarto e AVC) que são comuns entre os pacientes com diabetes. Esse é o foco da Campanha de conscientização a respeito do impacto do diabetes sobre os rins e o coração, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Lançada em, 30 de agosto último, em São Paulo, a campanha chega a Salvador nesta terça – feira (13 de setembro), prosseguindo até quarta – feira, na Estação Campo da Pólvora do Metrô, das 7 as 16 horas. De Salvador, a campanha segue para o Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG).

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Em Salvador, a Campanha conta com o apoio do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Para a diretora do Cedeba, Reine Chaves Fonseca, também vice-presidente da SBD, “a campanha que a SBD está desenvolvendo é de extrema importância, por contribuir para conscientizar a população sobre os riscos do diabetes mal controlado. Temos que trabalhar para evitar as complicações do diabetes que reduzem a qualidade de vida, incapacitam e levam a óbitos”, destacou.

Riscos

Até 40% dos indivíduos com diabetes desenvolvem problemas nos rins, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Além disso, esses pacientes apresentam um risco de duas a quatro vezes maior de morrer devido a uma doença cardiovascular, como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). E, para se ter uma ideia, só no estado da Bahia, há registro de mais de 200 mil pessoas com diabetes, sujeitas a tais consequências, segundo o DataSUS.

Ocorre que metade dos pacientes, aproximadamente, não está ciente dessas potenciais consequências, cujo surgimento poderia ser prevenido ou, pelo menos, adiado com um controle adequado do diabetes, segundo revelou a pesquisa Diabetes sem Complicações, que acaba de ser realizada pela SBD, em parceria com o IBOPE Inteligência.

A fim de mudar esse cenário e alertar a população para a importância de prevenir tais complicações, a SBD realiza a campanha Diabetes Sem Complicações, lançada em agosto, em São Paulo, e que agora percorre outras cidades brasileiras.

A campanha

Amanhã (terça -feira) e quarta -feira, a ação da SBD acontecerá em Salvador, na Estação Campo da Pólvora do Metrô. Na ocasião, as pessoas que circularem pelo local serão convidadas a montar um quebra-cabeças gigante, que trará dados sobre a prevalência de problemas cardíacos e renais entre os diabéticos, bem como informações sobre prevenção.

Paralelamente, um vídeo e fotos com o casal de artistas Flávia Alessandra e Otaviano Costa – os embaixadores da campanha – estão sendo veiculados nas redes sociais da SBD, juntamente com textos relacionados aos cuidados necessários para evitar o impacto nocivo do diabetes sobre os rins e o coração.

Sem conscientização

Em parceria com o Ibope e apoio das farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly, a SBD realizou a pesquisa Diabetes sem Complicações, que teve a participação de 600 internautas, sendo 145 pacientes com diabetes, de cidades como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE).

Os resultados demonstraram que as alterações cardiovasculares e renais, embora sejam potencialmente fatais, não estão entre as principais preocupações:

– Menos da metade dos entrevistados (42%) citou as doenças cardíacas como as consequências mais relevantes- e, mesmo entre os diabéticos, elas só foram mencionadas por 56%.

– O comprometimento dos rins também não está entre os temores mais frequentes. Ele foi destacado por, somente, 55% dos participantes e 72% dos diabéticos, especificamente.

– Quando questionados sobre o maior medo em relação ao diabetes, apenas 6% pontuaram “ter alguma doença renal”; 3%, “ter alguma doença cardíaca”; e 21%, “morrer”. A maioria teme a amputação de algum membro (32%) e ficar cego (32%).

– 18% dos pacientes não sabem o tipo de diabetes que têm.

– Mais de 1/4 dos entrevistados (28%) acreditam que o diabetes é uma doença exclusivamente de idosos, revelando desconhecimento sobre o fato de que ela pode acometer, inclusive, crianças e jovens.

Redação Saúde no Ar*

João Neto

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