A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), anunciou a prorrogação, até 31 de agosto a Campanha de Vacinação contra o Sarampo. Na Bahia, a estimativa é de vacinar 6,5 milhões de pessoas, mas, desde o começo da campanha (23/03), somente 350 mil tomaram a vacina contra a doença. O público alvo a ser imunizado está na faixa de 20 a 49 anos.
O sarampo é uma doença viral aguda, considerada uma das mais contagiosas, com potencial para ser extremamente grave, afetando principalmente crianças menores de 5 anos, especialmente as mal nutridas e bebês não vacinados, mas que pode acometer também pessoas em qualquer idade não vacinadas.
A única medida efetiva de prevenção contra o sarampo é a vacina Tríplice Viral, distribuída gratuitamente nos postos de saúde e que também imuniza contra caxumba e rubéola. Essa imunização faz parte do calendário vacinal. A primeira dose deve ser tomada com um ano de vida e a segunda é aplicada três meses depois. Caso a vacinação não seja feita no tempo ideal, ainda é possível se proteger. Até os 29 anos é preciso tomar as duas doses. Entre 30 e 49 anos é ministrada dose única. Acima dos 50 anos não é mais feita a imunização.
Casos na Bahia
Na Bahia, em 2019, o surto foi iniciado em junho, a partir de casos importados, porém, novas cadeias epidemiológicas foram identificadas, totalizando 80 casos confirmados, distribuídos em 25 municípios do estado.
Este ano, até a Semana Epidemiológica (SE) nº 20 (16/05/2020), foram notificados, na Bahia, 92 casos suspeitos de sarampo e 14 de rubéola, ao todo 106 casos de doenças exantemáticas distribuídos em 45 municípios. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve redução de 24,8% do número de casos notificados.
Após 90 dias de monitoramento, um surto de sarampo foi controlado nos municípios de Lauro de Freitas, Juazeiro e Belo Campo, porém, a recente confirmação de um caso de sarampo em Paripiranga (data de exantema de 05/04/2020), homem de 47 anos, não vacinado, com histórico de contato com caso confirmado importado, residente em Sergipe, município de Simões Dias, fez com que o estado da Bahia retornasse ao status de surto ativo da doença, reacendendo o alerta para o risco de ocorrência de novos surtos no território baiano.