A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza, durante todo o mês de setembro, a 6ª edição da Campanha #VemProUro, que este ano aborda as principais questões que afetam essa faixa etária.
“A dificuldade de trazer os adolescentes para um cuidado maior com sua saúde ficou extremamente evidente quando começamos a comparar os índices de vacinação contra o HPV, que é muito maior nas meninas do que nos meninos”, disse o presidente da entidade, Alfredo Canalini, em entrevista à Agência Brasil.
O HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas das áreas oral, genital ou anal, tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais e câncer, dependendo do tipo de vírus. É uma infecção sexualmente transmissível (IST). Dois tipos de HPV (16 e 18) causam 70% dos cânceres do colo do útero e lesões pré-cancerosas.
Segundo Alfredo Canalini, a SBU tem o dever de conscientizar as pessoas que não é assim que se lida com a saúde dos meninos. “Porque isso é um ato que começa a se prolongar ao longo da vida. O próprio homem adulto só procura o médico quando está sentindo alguma coisa. E quando o sintoma aparece, muitas vezes já é uma doença que está avançada.”
De acordo com a SBU, outro problema que ameaça os jovens são as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que exigem o uso de preservativos nas relações sexuais e a volta do conceito do sexo seguro.
Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, revela que no período de 2009 a 2019, o percentual de escolares que usaram preservativo na última relação sexual caiu de 69,1% para 53,5% entre as meninas e de 74,1% para 62,8% entre os meninos.