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Camaçari investiga doença misteriosa que já infectou 63 moradores

O secretário de Saúde de Camaçari, Washington Couto, informou nesta quinta-feira (26) que a secretaria está em alerta, assim como todas as unidades ligadas à Saúde do município, por conta da doença misteriosa que vem assustando a cidade e que já atingiu 63 dos seus moradores. “A prefeitura está tomando todas as providências para identificar a doença” afirma o secretário que enviou 18 amostras coletadas entre os enfermos para análise no Laboratório Central do Estado- Lacem, que não confirmou a hipótese inicial de que fosse dengue, rubéola, sarampo ou chikungunya.

Novas amostras  foram enviadas para testes no Paraná e no Rio de Janeiro. A suspeita agora é de que a doença seja parvovírus do tipo B19 ou roséola, cujos sintomas combinam com os apresentados pelas pessoas que procuraram as unidades de saúde do município. A roséola é uma infecção viral infecciosa bastante comum, que causa febre e erupções cutâneas (manchas vermelhas na pele), especialmente em crianças. O parvovírus do tipo B19 ou eritema infeccioso, também chamado de quinta doença ou megaloeritema epidêmico, é uma doença exantemática infecciosa, benigna, que afeta mais as crianças e os adolescentes.

O alarme sobre a doença soou em meados de fevereiro quando moradores começaram a apresentar os sintomas e a expectativa do secretário é de que o número de infectados aumente.

Para ele, embora branda, a doença é contagiosa e pode ser transmitida através do espirro. A recomendação é de que as mães não mandem seus filhos à escola e não esqueçam os cuidados básicos de higiene como lavar as mãos antes e após as refeições.

Washington afirma que ainda não se sabe como a doença chegou à cidade e informa que houve uma reunião nesta quarta-feira (25) com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), com a Vigilância Epidemiológica, com a Embasa e com o Confins- órgão ligado ao Polo Petroquímico- para discutir o problema.

A Embasa apresentou relatório mostrando que não houve alteração na qualidade da água na cidade. Representantes da Coordenadoria do Meio Ambiente da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedur), por sua vez, demonstraram que não foi detectado nada fora do normal no ar do município nos últimos dois meses.

Todos os pacientes de Camaçari estão sendo monitorados pelas equipes das unidades de saúde pública local. Além de Camaçari, a doença afeta também os municípios de Taberoá, Quixabeiras e Ilhéus, havendo relatos de que já existem casos similares no Rio de Janeiro.

Ouça na íntegra entrevista!

Parte 01:

Parte 02:

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Patricia Tosta

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