Dados divulgados nesta terça-feira (14/07) pela Unaids, a agência das Nações Unidas para a Aids, aponta que o índice global de infectados pelo vírus caiu 35,5% na comparação entre os anos de 2000 e 2014. No entanto, no mesmo período, houve um aumento no Brasil.
Avaliações revelam que em 2000, o Brasil apresentou entre 29 mil e 51 mil novos casos da doença. Já em 2014, estimou-se entre 31 mil e 57 mil novos casos, de acordo com o relatório.
Mesmo com registros de índices mais baixos das novas infecções por HIV, equivalente a 17% entre 2000 e 2014 na América Latina, o Brasil ainda lidera com a metade das novas infecções na região.
Segundo o documento, o país foi o primeiro a oferecer gratuitamente uma combinação de tratamento de Aids. A ameaça de quebras de patentes e as negociações com empresas garantiram preços mais baixos. Assim, no Brasil, por pessoa, o tratamento custaria R$ 274, contra US$ 2,5 mil se comprado nas farmacêuticas.
De acordo ainda com o relatório, intitulado “Como a Aids mudou tudo”, o objetivo de prover tratamento a 15 milhões de pessoas com HIV ao final de 2015 já foi alcançado. O documento também destaca que esse marco foi atingido em março, nove meses antes do prazo estabelecido. Após décadas de esforços mundiais, o resultado chega para levar as drogas antirretrovirais aos necessitados, principalmente na África Subsaariana.
No ano de 2000 por exemplo, menos de 700 mil pessoas estavam recebendo os medicamentos – período que a Organização das Nações Unidas – ONU estipulou os objetivos para combater o HIV. Segundo Unaids, o esforço evitou que cerca de 30 milhões de novas contaminações, além de oito milhões de mortes, desde a virada do referido ano.
Fonte: O Globo
L.O.