Brasil vota na ONU condenando a invasão da Rússia contra a Ucrânia

Apesar do silêncio do presidente Bolsonaro não condenando a invasão da Russia contra a Ucrânia, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, fez uma fala firme contra a invasão da  Ucrânia, posicionando o país de maneira condenatória à agressão sofrida pelos ucranianos em seu próprio território.

“Uma linha foi ultrapassada e esse conselho não pode ficar silencioso. [Precisamos] buscar um espaço para o diálogo”, disse Costa Filho. “O estratégico equilíbrio na Europa não dá à Rússia o direito de ameaçar a soberania da Ucrânia ou de qualquer outro país”, acrescentou. O representante do Brasil no conselho afirmou que as ações da Rússia abalam a fé nas leis internacionais.

Linda Thomas-Greenfield, representante dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU, defendeu a aprovação do documento, e condenou a invasão de um país pelo outro “apenas porque pode”. “Um país está invadindo o outro. Não há uma situação intermediária. Países responsáveis não invadem seus vizinhos apenas porque podem fazer isso. Vote sim se acha que a Rússia deve pagar por suas ações”.

Após o resultado, Thomas-Greenfield pediu novamente a palavra e mandou um recado para a Rússia, e seu representante no conselho. “Rússia, você pode vetar essa resolução, mas não pode calar as nossas vozes, não pode vetar o povo ucraniano e não pode vetar sua culpa nisso”.

A resolução contra a Rússia não foi aprovada por veto da Rússia. Para ser aprovada, uma Resolução não pode ser vetada por nenhum dos cinco membros permanentes do conselho. A Rússia faz parte dos membros permanantes e tem voto para veto.

O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, considera importante que sanções econômicas sejam impostas pelo governo brasileiro contra a Rússia. Ele espera a condenação de Bolsonaro a invasão da Rússia.

O encarregado tratou a ação russa como uma violação do direito internacional. “Não é uma questão de apoiar um país ou outro. É uma questão de estar a favor dos valores democráticos”, acrescentou. A invasão da Rússia violou a soberania da Ucrânia, violando leis internacionais

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