Com a crise agravada pela pandemia, o chamado desemprego de longa duração bateu novo recorde. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); aproximadamente 14,8 milhões de desempregados no 1º semestre de 2021. Destes, quase 3,5 milhões de pessoas procuram vagas há 2 anos ou mais.
Esse acabou tornando-se o maior número da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Anteriormente, o recorde teve registro no 2º trimestre de 2019. Dessa forma, no período eram 3,347 milhões de trabalhadores sem emprego há pelo menos 2 anos. No começo de 2020, antes da pandemia, o Brasil tinha 3,075 milhões de desempregados de longa duração.
Dessa forma, por conta da dificuldade de voltar ao mercado de trabalho, muitos trabalhadores acabam por entrar na informalidade. “Há possibilidade de essas pessoas irem para uma situação de pobreza muito grave, dependendo do apoio de programas sociais, ou de migrarem para a informalidade. Agora, que tipo de trabalho será esse? Existe toda uma discussão sobre a qualidade dos negócios por conta própria”, avaliou Ely José de Mattos, professor da Escola de Negócios da PUC-RS.
Contudo, a economia brasileira já mostra sinais de recuperação. O PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e serviços produzidos no país, subiu 1,2% no 1º trimestre, na comparação com os 3 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados em 1º de junho, pelo IBGE.
Por outro lado, o PIB brasileiro recuou 4,1% em 2020, a maior já registrada desde o início da série histórica, em 1996. Atingido pela pandemia de covid-19, que derrubou a atividade no mundo. A queda representou o 21º melhor desempenho econômico em 50 países.