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Brasil tem 35% mais mortes maternas que as divulgadas oficialmente

De acordo com dados do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr), a razão de morte materna (RMM) em território nacional é cerca de 35% maior do que a calculada e anunciada com base na metodologia vigente. Os dados inéditos apresentados fala a respeito de óbitos de gestantes e puérperas no país no triênio 2019/2021.

Os dados tem referência ao número de óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos ocorridos na gravidez, no parto ou no puerpério. Contudo, não estão contabilizados pelo Ministério da Saúde por não terem sido classificados em uma das categorias predeterminadas para morte materna da classificação internacional de doenças (CID). O caso mais comum de morte materna obstétrica é a hipertensão arterial (eclampsia).

Na pesquisa, consta também os casos em que a declaração de óbito apontava para morte de gestante, puérpera até 42 dias. Não incluídos nos dados de morte materna declarados (oficiais), excluídos os casos decorrentes de suicídio, violência, disparo de arma de fogo etc.

Não foram incluídos nos dados de morte materna oficiais cardiopatias, infecções, embolia pulmonar e diabetes mellitus não especificado entre outras infecções.

O estudo do OOBr levou em conta dados de morte materna declarados e não declarados e revisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. A pesquisa publicada pelas coordenadoras do OOBr Rossana Pulcineli Vieira Francisco e Agatha Rodrigues, que é professora adjunta do Departamento de Estatística da Universidade Federal do Espírito Santo

Segundo a quantificação preliminar da razão de morte materna de 2021 aponta 107,4 óbitos por 100 mil nascidos vivos. O compromisso do país é a redução para 30 mortes/100 mil até 2030.

De acordo com nota do Ministério da Saúde o algoritmo usado para operacionalizar o conceito da Organização Mundial da Saúde e selecionar o número de óbitos classificados como maternos. No Sistema de Informações sobre Mortalidade é feito a partir dos campos causa básica e momento do óbito.

 

 

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Joice Mara Araujo

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