De 2023 a 2024, o aumento registrado de casos de coqueluche no Brasil foi de 1420%. Em 2023, o Brasil registrou 214 casos. O número salta para 3.253 entre janeiro e outubro de 2024.
O Ministério da Saúde alega que o salto nos dados está relacionado a uma melhora na tecnologia de registros de diagnósticos.
“A bactéria causadora da coqueluche é altamente transmissível e, quando encontra indivíduos vulneráveis, sem proteção, cria um cenário ideal para sua recirculação. O mundo está vivenciando um aumento de casos, não apenas o Brasil”, afirma Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações
As regiões do Brasil com a maior incidência é sudeste e parte da região sul. O Paraná é o estado com a situação mais grave: 1229 casos foram notificados.
Em meio a surtos de coqueluche em países da Ásia e da Europa, o Ministério da Saúde publicou nota técnica em que recomenda ampliar, em caráter excepcional, e intensificar a vacinação contra a doença no Brasil.
O uso da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche, é indicada para trabalhadores da saúde que atuam em serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo casas de parto; unidade de terapia intensiva (UTI) e unidade de cuidados intensivos (UCI) neonatal convencional; berçários (baixo, médio e alto risco); e pediatria.
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