O vice- presidente da República, Geraldo Alckmin, reclama das altas taxas de juros do Brasil e isso prejudica a economia, a criação de empregos e desenvolvimento do comércio e da indústria
“Não tem justificativa. Temos a segunda maior taxa de juro real do mundo e só perde para a Rússia, que está em guerra”, disse, na abertura do Congresso Aço Brasil.
“O mercado internacional enfrenta um grande estresse que deve ser passageiro. O Brasil tem a 6ª maior população do mundo, um mercado interno forte, amanhã sai o balanço das exportações de janeiro a julho com recorde. Temos reservas cambiais, e vejo com otimismo que a política fiscal será cumprida. Por isso, não tem razão o Brasil ter a segunda maior taxa de juro real do mundo. Isso atrapalha muito”, afirmou.
Alckmin destacou a importância do ajuste fiscal e disse que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal. A expectativa é que, ainda neste semestre, ocorra uma redução das taxas de juros norte-americana e a brasileira, o que irá favorecer o crescimento da economia nacional.
Alckmin citou reservas cambiais de US$ 370 bilhões, segurança jurídica, enorme mercado consumidor e recorde de exportações.
Na verdade, o Brasil possui a terceira maior taxa de juros do mundo, que é liderada pela, Rússia e pela Turquia.
O juro real no Brasil está em 7,36% ao ano, valor inferior ao da Turquia (12,13%) e da Rússia (7,55%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou. Apesar da queda, o país segue distante da taxa média entre as 40 economias mais relevantes, que é de 0,67% ao ano