O Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (12), as metas da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que prevê R$ 112,9 bilhões em investimentos para fortalecer a soberania nacional e impulsionar tecnologias estratégicas no setor de defesa. O plano visa elevar o domínio brasileiro sobre tecnologias como radares, satélites e foguetes, aumentando a competitividade e a capacidade industrial do país.
Investimentos e Parcerias
O montante total será dividido entre R$ 79,8 bilhões em investimentos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado. Os principais aportes incluem:
🔹 PAC Defesa – R$ 31,4 bilhões para projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, fragatas, submarinos e viaturas blindadas.
🔹 Finep – R$ 4,2 bilhões já investidos em tecnologias estratégicas, com mais R$ 331 milhões previstos para 2025.
🔹 BNDES e Banco do Brasil – Apoio financeiro de R$ 23,75 bilhões em exportações, com previsão de mais R$ 20 bilhões até 2026.
🔹 Setor Privado – R$ 23,7 bilhões destinados ao setor aeroespacial e de defesa, R$ 8,6 bilhões para o setor nuclear e R$ 787 milhões para segurança e outras áreas estratégicas.
Oportunidade para o Brasil: Exportações em Crescimento
O setor de defesa tem se consolidado como um dos principais motores da indústria brasileira. Em 2024, o Brasil exportou US$ 1,8 bilhão em produtos de defesa, registrando um crescimento de 22% em relação a 2023. O avanço reflete o investimento contínuo em tecnologia de ponta, com destaque para produtos como o KC-390 da Embraer, que já conquistou contratos internacionais.
Crescimento de Exportações de Defesa:
✅ 2022 – US$ 670 milhões
✅ 2023 – US$ 1,5 bilhão (+123%)
✅ 2024 – US$ 1,8 bilhão (+22%)
A expectativa é que, com os novos investimentos, o Brasil alcance 75% de domínio das tecnologias estratégicas até 2033, consolidando-se como uma referência global na indústria de defesa e segurança nacional.
Um Ano de Nova Indústria Brasil: Resultados e Impactos
A Nova Indústria Brasil (NIB), lançada em janeiro de 2024, completa um ano com avanços expressivos:
🔹 R$ 3,4 trilhões em investimentos públicos e privados.
🔹 Crescimento da indústria:
✔️ +3,1% na produção industrial
✔️ +9,1% no setor de bens de capital
✔️ +10,6% no setor de bens de consumo duráveis
🔹 Mobilização financeira: O Plano Mais Produção (P+P) já alavancou R$ 507 bilhões para projetos industriais até 2026.
Além disso, o governo implementou medidas como o Brasil Mais Produtivo, que destina R$ 2 bilhões para digitalização industrial, e o Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que fomenta a sustentabilidade no setor automotivo.
Metas da Missão 6: Estratégia para o Futuro
A Missão 6 tem como principais focos tecnológicos:
✔️ Satélites – Ampliação da capacidade de comunicação e monitoramento.
✔️ Veículos lançadores – Desenvolvimento de foguetes e sistemas espaciais avançados.
✔️ Radares – Expansão da vigilância aérea e marítima para reforçar a segurança nacional.
Atualmente, o Brasil domina 42,7% das tecnologias críticas para defesa. A meta do governo é alcançar 55% até 2026 e 75% até 2033.
Próximos Passos: Fortalecimento da Indústria Nacional
A estratégia do governo inclui ampliação dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além da expansão do parque industrial brasileiro. A Finep e o BNDES assinarão novos contratos com a Embraer para financiar projetos de inovação tecnológica.
📢 “A indústria da defesa é essencial para o desenvolvimento de tecnologias avançadas que impactam diversos setores da economia. O Brasil precisa fortalecer sua soberania tecnológica e ampliar sua competitividade no mercado internacional.” – Geraldo Alckmin, Vice-presidente e Ministro do MDIC.
Brasil Mais Forte na Indústria de Defesa
Os novos investimentos do programa Nova Indústria Brasil (NIB) marcam um passo decisivo para a soberania nacional e a autossuficiência tecnológica. O crescimento das exportações de defesa, aliado ao desenvolvimento de novas tecnologias, coloca o Brasil em posição de destaque na indústria aeroespacial, nuclear e de segurança.
O avanço da Missão 6 reforça o compromisso do governo com um setor industrial mais competitivo, inovador e estratégico, impulsionando o crescimento econômico e a projeção internacional do Brasil.
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Foto: Agência Gov
