Brasil e Alemanha discutem saúde e biotecnologia

Os ministros da Saúde do Brasil e Alemanha se reuniram, nesta quinta-feira (20.08), em Brasília, para definir nova agenda de prioridades conjuntas e fortalecer relação entre os dois países em diversas áreas da saúde. Na ocasião, foram tratados temas como biotecnologia, regulação, sistema de ouvidoria, órteses e próteses.

Os ministros assinaram carta de intenções formalizando compromissos pactuados que define uma ampla agenda de ação conjunta em temas priorizados pelos dois governos. A reunião faz parte da visita da chanceler alemã, Angela Merkel, e da delegação do país ao Brasil.

“Nós queremos aprimorar os processos de vigilância sanitária e dar continuidade a parcerias de desenvolvimento produtivo já em curso de fitoterápicos. Aprofundaremos debates sobre a inclusão de novas tecnologias. Enfim, um conjunto de iniciativas capazes de extrair o que cada país tem de melhor e, a partir dessa cooperação, cuidar melhor de nossos sistemas de saúde” explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Biotecnologia

A biotecnologia foi o principal tema da reunião que discutiu a possibilidade de desenvolvimento de pesquisas e de projetos de P&D (pesquisa e desenvolvimento) com instituições e empresas alemãs nas áreas de biossistemas, engenharia de bioprocessos e biofármacos.

Outro ponto do encontro foi o serviço de ouvidoria e assistência 24 horas. A expectativa do governo brasileiro é de que haja uma cooperação para conhecer a tecnologia do número de telefone alemão 115, que centraliza toda e qualquer informação governamental a serviço dos cidadãos. A tecnologia por trás do serviço é do interesse do Brasil para otimização do planejamento do multi-canal do SUS, com foco em armazenamento de informações (banco de dados de uso direto dos atendentes) e estudo da tecnologia empregada em um canal único de alcance nacional.

Órteses e próteses

Outra área importante priorizada foi a cooperação tecnológica na área de órteses e próteses. A ideia é estabelecer cooperações em biomateriais, produção industrial e desenvolvimento tecnológico brasileiro neste campo, além de focar em regulação de preços, custo-efetividade e capacidade de absorção. No Brasil, o mercado nacional de produtos médicos movimentou R$ 19,7 bilhões em 2014, sendo 20% de dispositivos médicos implantáveis (R$ 4 bilhões). Há um número crescente de novos produtos no país – são lançados 14 mil itens por ano (nos EUA, é oito mil) – e o setor deve crescer 15% ao ano nos próximos cinco anos nos países emergentes, acima da média de outros segmentos da economia.

“Recebemos de braços abertos a cooperação com o Brasil. Os dois países, Brasil e Alemanha, já mantém parceria há muito tempo, o que beneficia os nossos povos e contribui para o desenvolvendo dos nossos sistemas de saúde, com sustentabilidade econômica. Estou convicto de que nossa parceria ganhou novo impulso” destacou o ministro da saúde da Alemanha, Hermann Gröhe.

Fonte:Agência Saúde
A.V.

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