O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desembarca, nesta segunda-feira (9) em Jacarta, na Indonésia, para assumir a presidência do Conselho da Stop TB Partnership, instituição internacional que busca eliminar a tuberculose no mundo. É o Brasil na liderança mundial do combate à tuberculose, doença que está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos anualmente. Por aqui, no ano passado, foram diagnosticados 75 casos novos da doença em brasileiros, com cerca de 4,5 mil vítimas fatais.
A instituição é reconhecida como um órgão internacional único, com capacidade de alinhar atores em todo o mundo na luta contra a tuberculose. A instituição conta com cerca de 1.700 representantes em mais de 100 países, incluindo governos, organizações internacionais, agências de pesquisa e financiamento, além de fundações e ONGs.
Participam, atualmente, do conselho da instituição o ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, e o diretor executivo do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária, Peter Sands.
No Brasil, em 2018, foram diagnosticados 76.228 casos novos de tuberculose, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 36,6 casos para cada 100 mil habitantes. O número representa cerca de um terço de todos os casos registrados na região das Américas. Entre 2009 e 2018 houve queda média anual de 0,3% no coeficiente de incidência da doença.
O Brasil tem conseguido avanços significativos no cuidado e tratamento da tuberculose. O país atingiu as Metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) de enfrentamento à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990.
Alguns grupos estão mais suscetíveis a desenvolverem a doença, como as pessoas que vivem com o HIV que têm cerca de 25 vezes o risco de desenvolverem tuberculose ativa quando comparado a pessoas que não têm o vírus. Isso acontece por causa da fragilidade do sistema imunológico. Além disso, também são grupos mais vulneráveis a desenvolverem a doença a população em situação de rua (56x), pessoas privadas de liberdade (28x) e indígenas (3x).
Fonte: MS