O Benzetacil, um dos antibióticos mais conhecidos no país, usado para tratar sífilis e outras infecções, está em falta tanto no setor público quanto no privado do país. O estudante Hilton Rego conta que há algumas semanas percorreu várias farmácias de Salvador e não encontrou o medicamento, receitado para uma inflamação grave na garganta.
O médico sanitarista, Arthur Kalichman, do Programa Estadual DST/Aids, de São Paulo, em entrevista a G 1 confirmou o problema e afirmou que a dificuldade de encontrar a penicilina ainda não é aguda, mas deve se tornar. Os laboratórios responsáveis alegam dificuldades na produção, devido à escassez mundial da matéria– prima- a penicilina benzatina. O Ministério da Saúde diz que a penicilina benzatina está em falta porque o fornecedor da matéria-prima, que é importada, mudou. E que o problema não se limita ao Brasil.
O mais preocupante para os pacientes com DST’s é que eles têm mais dificuldades para se tratar, já que uma ampola de benzetacil custa em média apenas R$ 1 e em alguns casos é de graça.
De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), atualmente são quatro as fabricantes do medicamento no Brasil: a Eurofarma, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda.
Segundo a Eurofarma,a empresa se deparou com a escassez de matéria-prima para a produção da penicilina benzatina no mercado mundial há cerca de dois anos e como o país não é um pólo de química fina depende dos fornecedores internacionais.
Já o Laboratório Teuto, que produz a substância com o nome de Bebepen, a produção e distribuição do medicamento está dentro da normalidade. O problema já é do conhecimento da Organização Mundial de Saúde(OMS) há cerca de 10 anos, e segundo o Ministério da Saúde, a situação deve ser normalizar ainda este mês.
Fonte: Tribuna da Bahia com G1.
A.V.