A bebê brasileira, Sofia Gonçalves de Lacerda, de um ano e oito meses( na foto com os pais), voltou a ser internada no Jackson Memorial Hospital, em Miami , nos EUA, nesta quinta-feira (09.07) apenas uma semana depois de ter tido alta. Durante exames rotineiros, médicos detectaram sintomas de reação alérgica e acharam melhor interná-la novamente até que descubram o que causou o problema.
Sofia, que é portadora de uma síndrome rara que afeta o sistema digestório ( boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus), passou por um transplante de cinco órgãos no mês de abril e no início de julho foi autorizada a continuar o tratamento de casa.
Segundo a mãe, Patrícia Lacerda, a expectativa é que ela volte para casa neste sábado (11.07). Ela disse que um dos exames de Sofia veio alterado, e que a menina tinha também algumas pintas vermelhas no corpo, que coçavam demais. Foi necessário passar por novos exames, inclusive nos pulmões.
O médico brasileiro Rodrigo Vianna, responsável pelo transplante e que acompanha a recuperação de Sofia, confirmou as informações e disse que, caso os exames não mostrem agravamento da situação, a bebê deve deixar o hospital nas próximas horas. “Mas antes precisamos descartar algumas hipóteses”, disse.
Sofia nasceu em 24 de dezembro de 2013 e permaneceu internada no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP). Lá, a menina recebeu atendimento e a família teve a confirmação de que ela era portadora da Síndrome de Berdon, condição rara que compromete o funcionamento do sistema digestório.
Para sobreviver, Sofia necessitava de um transplante multivisceral, que inclui estômago, fígado, pâncreas e intestinos. A família entrou na Justiça alegando que o Brasil não tinha capacidade para realizar os procedimentos e pedindo que a União bancasse todos os custos do tratamento, que deveria ser feito no Jackson Memorial. Só com o transplante, o montante gasto pelo governo foi de US$ 1,2 milhão (R$ 3,7 milhões). Os transplantes ocorreram em 10 de abril deste ano, quando o hospital conseguiu um doador compatível, um norte-americano do estado da Flórida.
Fonte: UOL.
A.V.