O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (11), aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, elevando-a de 11,25% para 12,25% ao ano. Esta é a terceira elevação consecutiva e a mais significativa desde maio de 2022, quando a taxa subiu para 12,75% ao ano.
A decisão unânime do Copom reflete preocupações com a desancoragem das expectativas de inflação, o aumento das projeções inflacionárias e um dinamismo econômico acima do previsto. O comitê destacou que esses fatores exigem uma política monetária mais restritiva para assegurar a convergência da inflação à meta estabelecida.
No comunicado que acompanhou a decisão, o Copom sinalizou a possibilidade de novos aumentos de igual magnitude nas próximas reuniões, caso o cenário econômico atual se mantenha. O comitê enfatizou que a extensão total do ciclo de aperto monetário dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas de inflação e do balanço de riscos.
Com a Selic em 12,25% ao ano, o Brasil mantém uma das maiores taxas de juros reais do mundo, o que pode impactar o crescimento econômico e o custo do crédito para empresas e consumidores. A decisão ocorre em um contexto de desafios fiscais e incertezas no cenário internacional, exigindo cautela na condução da política monetária.
O Copom reafirmou seu compromisso com a estabilidade de preços e destacou a importância de uma política fiscal crível para a ancoragem das expectativas de inflação e a efetividade da política monetária. A próxima reunião do comitê está prevista para fevereiro de 2025, quando serão reavaliadas as condições econômicas e os próximos passos da política de juros.