A Bahiafarma obteve, nesta segunda-feira (5), registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produção e distribuição de teste sorológico rápido para detecção de febre chikungunya. Trata-se de um dispositivo ainda inexistente na rede pública de saúde do País e o primeiro do gênero a ser feito por um laboratório oficial no Brasil.
Já disponível para aquisição por qualquer ente público do País, o teste rápido para febre chikungunya desenvolvido pela Bahiafarma é realizado com uma pequena quantidade de sangue, soro ou plasma do paciente e é capaz de detectar a doença a partir dos primeiros dias de infecção, por meio da identificação da presença de anticorpos M (IgM) no organismo. O resultado sai em 20 minutos, com taxa de precisão de 95%, o que vai auxiliar no diagnóstico rápido – hoje, o prazo para confirmação dos casos suspeitos pode durar semanas.
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Além disso, a adoção dos testes rápidos para detecção de febre chikungunya representará grande economia de recursos para o poder público e para os pacientes. Estima-se que tanto os exames laboratoriais feitos hoje pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto os testes rápidos vendidos por clínicas particulares custem de cinco a sete vezes mais que os testes rápidos da Bahiafarma.
“Temos capacidade de produzir o suficiente para abastecer toda a demanda do SUS pelo dispositivo”, garante o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, que destaca o protagonismo que o laboratório vem conquistando no mercado da saúde do Brasil.
Trata-se do segundo dispositivo do gênero desenvolvido pelo laboratório público baiano a ter o registro publicado pela Anvisa. Em maio, a Bahiafarma apresentou o primeiro kit diagnóstico para detecção de infecção por Zika vírus produzido no País.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, esse registro fortalece ainda mais a consolidação da Bahiafarma no Complexo Industrial da Saúde.”A Bahiafarma é uma empresa estratégica no processo de atração e fixação de laboratórios e indústrias farmacêuticas a fim de criar um polo farmoquímico na Bahia nos próximos anos e, nesse sentido, uma das tarefas é estruturar criar uma unidade comercial com atuação agressiva e implantar uma gestão de produção eficiente de modo a sermos competitivos no mercado nacional”, afirma.
Apenas em 2016, a Bahia registrou até 16 de agosto 46.778 casos suspeitos de chikungunya. Dos 315 municípios que registraram casos da doença, Itabuna, Itaberaba, Jaguarari e Cansanção concentram 41,75% das notificações.
Redação Saúde no Ar*
João Neto