Dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que foram notificados 2572 casos novos de hanseníase na Bahia, em 2014, sendo 190 em menores de 15 anos. Atualmente, o diagnóstico e o tratamento da hanseníase são realizados nas unidades básicas de saúde sendo que os casos mais complicados são encaminhados para Hospital Couto Maia.
Para ampliar conhecimentos e qualificar médicos e enfermeiros que trabalham com hanseníase na atenção primária no estado da Bahia, será realizado durante três dias um curso Capacitação em Hanseníase para Médicos e Enfermeiros da Atenção Primária – multiplicadores. O evento, promovido pela diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), da Secretaria de Estado da Saúde da Bahia (Sesab) acontecerá de 17 a 19 de junho, no auditório do Hotel Bahiamar, em Salvador.
Os participantes do curso, que será conduzido pelo professor Marco Andrey Cipriani Frade, presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, coordenador do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária do Hospital das Clínicas da FMRP-USP e coordenador da residência médica de dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP/USP), serão orientados quanto a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença para que possam atuar como multiplicadores nas regiões onde atuam.
A capacitação terá também aulas práticas, no ambulatório do Hospital Couto Maia e em duas unidades básicas de saúde da capital: UBS Mário Andrea (Sete Portas) e UBS Sérgio Arouca (Paripe), onde serão atendidos casos suspeitos para confirmação diagnóstica e exames das pessoas que convivem com doentes de hanseníase.
A doença
A hanseníase, conhecida outrora como lepra, é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, como lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. A doença acomete homens e mulheres de qualquer idade e pode causar deformidades físicas que devem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.
Fonte: Divep/Sesab
A.V